Por Maiquel Rosauro
A primeira sessão plenária deste segundo semestre, no Legislativo de Santa Maria, foi marcada pela presença da secretária municipal de Cultura, Rose Carneiro, que prestou esclarecimentos sobre a gestão da pasta. Ela destacou que as atividades culturais movimentam outros setores da economia santa-mariense.
Rose relatou o caso de um estudo de 2018 da Fundação Getúlio Vargas (FGV) – referente aos 27 anos da Lei Rouanet – o qual apontou que a cada R$ 1 captado e executado movimenta R$ 1,59 na economia local. Na prática, a economia criativa gera na ponta final recursos 59% maior em relação a ponta inicial.
“Posso falar um exemplo prático. Vamos falar da Feira do Livro ou da Calourada. Tem um investimento que é o evento em si, com estrutura, sonorização e pagamento dos artistas. Só isso já movimenta a economia, pois garante que a empresa de sonorização mantenha os empregos e os artistas paguem suas contas”, explicou Rose relatando que o entorno dos eventos também é beneficiado, seja com comércio, alimentação, táxi, entre outros.
Ao fazer balanço de 2020 a 2023, Rose destacou que, neste período, mais de 280 projetos foram contemplados em editais em Santa Maria.
Vista
A vereadora Roberta Pereira Leitão (PP) pediu vista ao projeto de lei de Marina Callegaro (PT) que cria no município o protocolo Não é Não. A matéria tem como foco o atendimento à mulher vítima de violência sexual ou assédio em estabelecimentos noturnos, eventos festivos, bares, restaurantes, pubs, escolas e universidades, órgãos públicos, espaços públicos ou qualquer outro estabelecimento de circulação de pessoas em Santa Maria.
A proposta entraria em primeira discussão na sessão desta terça (1º), mas devido ao pedido de Roberta – que concede mais tempo para análise – o projeto voltará para primeira discussão na quinta (3).
Aprovado
Os parlamentares aprovaram projeto do vereador Valdir Oliveira (PT) que denomina de “Rua Servulo Airton Ilha Silva – Casca” a via localizada entre a Avenida Assis Brasil e a confluência das ruas Luiz Mallo e Borges do Canto, no Bairro Itararé.
Lar dos Vovozinhas
Na quinta (3), a sessão ordinária ocorrerá no Lar das Vovozinhas, com transmissão ao vivo pela TV Câmara (canal 18.2). O autor do requerimento para realização da sessão externa foi o vereador Alexandre Vargas (Republicanos).
Dai a palavra chave ‘movimenta’ e a ‘economia local’. Não é agregação de valor ou geração de riqueza. Nem tudo é ‘local’. Na feira do livro nem todos os expositores são da aldeia e a grande maioria dos livros não é impressa aqui. Sonorização e iluminação da calourada? Nenhum equipamento é produzido aqui, mesmo que os musicos sejam locais os microfones, lampadas, microfones, amplificadores, mesas de som, instrumentos, tudo vem de fora da urb (muitos fora do pais e todos pagos adiantadamente). Busilis é que o pessoal da ‘arte’ acredita que não deve explicação nenhuma caso contrario, ideologicamente, é ‘comercial’ e ‘arte’ não pode ser ‘comercial’. Bastante ‘democratico’, mesmo quem não esta envolvido é convidado a pagar a conta, direta ou indiretamente. Alas, carnaval tem o mesmo ‘balanço economico’. Muita coisa não é produzida aqui.
Estatisticas da cultura são sempre ‘infladas’ para ‘as pessoas não deixarem de investir em cultura’. O estudo citado é de 2018. Mandrake, dificil de consultar. Burocratico. Envolve a Classificação Nacional de Atividades
Econômicas, Matriz Insumo Produto do IBGE, etc. Dai vem o ‘Não foram considerados outros valores
arrecadados pelos organizadores, como patrocínios e recursos provenientes de outras fontes, nem receitas com a venda de produtos, como livros, catálogos e ingressos’. Ou seja, toda movimentação é considerada de renuncia fiscal.