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JOGO OFENSIVO. Volta do Riograndense ao futebol profissional tem novo revés, mas o projeto continua

Fala o dirigente: “fazer futebol sem recurso e sem planejamento é impossível”

Periquito ainda sonha com o retorno em 2025. Mas há uma série de requisitos a cumprir (Foto Riograndense/Divulgação)

Por Juan Grings / Colunista do Site

Já faz um tempo que Santa Maria tem apenas uma equipe jogando competições profissionais no estado. O Riograndense não disputa uma partida oficial desde 2017 na categoria principal. Há seis anos, o Periquito estava na Terceirona Gaúcha, torneio que sequer terminou – tendo desistido no meio do caminho. Em um primeiro momento, o clube foi suspenso por dois anos de competições da FGF e, desde então, está fora das disputas.

O que no início era uma punição depois se tornou uma inviabilidade. No entanto, não foram poucos os rumores de que o Riograndense voltaria a jogar profissionalmente. A cartada mais recente foi a contratação de Gerson Enor Voss para ser o Coordenador Técnico da retomada do Dense à terceira divisão estadual.

Porém, a passagem do profissional não durou dois meses. Apresentado em julho, Gerson deixou o clube na semana passada. À coluna, Paulista, vice-presidente do Riograndense, explicou o que aconteceu:

“Assim como vários clubes do estado, também enfrentamos dificuldades econômicas. O clube não dispõe ainda de um aporte financeiro para que se tenha profissionais qualificados, tendo que contar com patrocínios. Infelizmente para podermos manter esse excelente profissional contávamos com o patrocinador que, por questões particulares, teve que desistir do patrocínio”.

Ainda que com a baixa do coordenador, o projeto de retornar ao futebol profissional no ano de 2025 está mantido, mas a sua concretização passa diretamente por encontrar novos apoiadores financeiros.

“De uma forma geral, qualquer competição de futebol profissional representa um custo muito alto para participar: folha de pagamento, viagens, arbitragens, alimentação, acomodações etc. Isso inviabiliza a retomada até o momento. Por esse motivo, trabalhamos no projeto de base, o qual diminui consideravelmente o custo. Resumindo, fazer futebol sem recurso e sem planejamento é impossível”, afirma.

Uma questão

Se a bola não rola para os profissionais, o clube aposta todas as suas fichas nos garotos, que têm disputado torneios regionais nas categorias sub-15 e sub-17. Porém, a formação de atletas ainda não pode ser tão rentável.

Desde o início dos anos 2000, a Fifa tem um mecanismo de solidariedade para clubes que participaram da formação de jogadores – o período de formação vai dos 12 aos 23 anos. Sempre que um atleta é transferido entre clubes por uma quantia financeira, uma porcentagem do valor é destinado a todos os considerados formadores deste.

Mas para ter este benefício, é necessário atender a uma série de requisitos que, neste momento, o Riograndense não atende. O vice-presidente reforçou que o Periquito tem trabalhado forte para preencher todos estes e citou alguns dos principais que ainda faltam, como laudos e alvarás de vigilância sanitária e prefeitura, reformas no alojamento, refeitório e auditório e convênio com assistência médica e odontológica.

O outro lado da cidade

O time sub-17 do Internacional de Santa Maria está classificado para a elite da categoria. O Alvirrubro derrotou o Pinheiros por 2×1 fora de casa e garantiu o acesso para o campeonato de 2024. Além do mais, disputará a final do torneio contra a Ale Lajeado nos dias 26 de agosto, em Santa Maria, e 2 de setembro, em Lajeado.

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