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Por Paulo André Dutra
Deputado estadual por dois mandatos, presidente da Assembleia Legislativa, secretário de Estado em diferentes áreas (e diferentes governos), presidente do IPE e diretor de planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Otomar Vivian tem larga lista de funções em mais de 40 anos de vida pública. Nesta terça-feira (1/8), passou o cargo no BRDE ao ex-secretário Leonardo Busatto e encerrou sua participação no Governo Eduardo Leite.
De volta a Caçapava do Sul, concordou em responder aos questionamentos do site. Acompanhe:
Paulo André Dutra – Como avalia a passagem pelo Governo Leite e o resultado das diferentes missões a que foi designado?
Otomar Vivian – ser Chefe da Casa Civil nos dois primeiros anos do Governo Eduardo Leite foi um dos maiores desafios da nossa caminhada de vida pública. Foram mais de 200 Projetos de Lei – inclusive de alterações na Constituição Estadual – submetidos e aprovados pela Assembleia Legislativa, que resultaram na mais profunda reforma estruturante feita por um Governo Estadual, em curto período de mandato, permitindo ao RS voltar a investir em políticas públicas, como educação, saúde, segurança e infraestrutura.
Foi uma grande construção política – com a liderança do Governador Eduardo – com diálogo e respeito às diferenças, resultando na aprovação de 100% dos projetos, destacando a importante participação do então Vice Governador Ranolfo Vieira Júnior e do Deputado Frederico Antunes, Líder do Governo.
PAD – Como profundo conhecedor do IPE, qual a sua percepção para o futuro do instituto após a recente reestruturação?
OV – O setor saúde passa por uma importante evolução tecnológica. Porém, tornou o acesso ao sistema muito caro. O IPE saúde, além da responsabilidade com seus quase um milhão de segurados e dependentes é, estrategicamente, muito importante para o equilíbrio no financiamento do sistema de saúde no Estado.
O Governo Eduardo Leite e Gabriel Souza, com o apoio da Assembleia Legislativa, agiu de forma muito responsável ao propor a reforma estrutural para o equilíbrio financeiro, garantindo o atendimento.
Qualquer Plano de Saúde deve ter seu desempenho acompanhado de forma permanente por estudos atuariais, pelos Gestores e o Conselho de Administração da Instituição.
PAD – Sair do BRDE neste momento foi uma escolha?
OV – Após a conclusão das votações das Reformas, o Governador Eduardo nos confiou a missão como Diretor de Planejamento do BRDE, função que já havia exercido no período de novembro de 2009 a setembro 2010. Foram 26 meses como Diretor de Planejamento e, no último ano, acumulando a Diretoria de Operações.
O BRDE encerrou o exercício de 2022, com os melhores resultados operacionais da história do Banco ao longo dos 62 anos de sua criação. Na mesma, encerramos o primeiro semestre de 2023, com os melhores resultados operacionais da série histórica do BRDE.
Sim, mais um ciclo da nossa vida pública que se encerra.
PAD – Quais os planos pessoais para o futuro? Enfrentar as urnas está no horizonte?
OV – A expressão “nunca mais” – como atitude de soberba – não faz parte da minha prática de vida pessoal ou política.
Pessoalmente, desejo estar mais próxima da família – agora como vovô do Lucca, Ninna e Valentina – e, voluntariamente, em ações de natureza comunitária que possam criar oportunidades de inclusão e sustentabilidade.
Como é dificil largar o osso.