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Funciona assim. Se não votar com o governo (lá ou cá)perde o mandato. Ainda que só por um dia

Na legislatura passada, não lembro exatamente quando, nem qual era o projeto em votação. Mas recordo perfeitamente que o então secretário de Justiça e Segurança Pública, José Otávio Germano, se licenciou por dois dias. Nesse período, vôou para Brasília, votou na Câmara dos Deputados, da qual era titular, e retornou ao Rio Grande do Sul e ao seu cargo.

 

Agora, bem recentemente, o deputado federal Cezar Schirmer, do PMDB, votou a favor da prorrogação da CPMF. E explicou as razões: defendia as posições que o partido determinou. E ainda alinhavou motivos como, salvo engano, a liberação de maiores recursos para a saúde por parte do ministro (do PMDB) José Temporão. Perfeito. É assim que funciona na democracia. Assumir o voto, mesmo que ele possa não ser tããão popular. Não há senões políticos no caso.

 

No entanto, ainda bem para o santa-mariense que ele pensava do mesmo jeito que o secretário de Saúde, Osmar Terra, titular do cargo. Por que corria o risco da humilhação (se sua posição fosse outra). Na hipótese de dizer que votaria contra, não há a menor dúvida que Terra faria exatamente o mesmo que Germano, anos passados. É do jogo.

 

Por que esses dois exemplos? Simples: há boas chances de o fenômeno se repetir agora, em nível estadual. Há deputados estaduais da base do governo de Yeda Crusius que estão recalcitrantes. Não muito dispostos, no mínimo, a aprovar o pacotaço que prevê, entre outras “maldades”, aumento de impostos.

 

Se os brabos são titulares, nada há a fazer. Exceto, quem sabe, tentar convencê-los. Se não, se forem suplentes, paciência, não irão votar. Há três parlamentares, consta, nesta situação. Dois são do PMDB e um do PP.

 

No caso do pepista, a pelotense Leila Feter, quem assume, na necessidade, é o titular da secretaria de Ciência e Tecnologia, Pedro Westphalen. No peemedebismo, os substituídos seriam Álvaro Boessio e Sandro Boka. Nem que seja por algumas horas, reassumem seus mandatos de titulares os secretários Luiz Fernando Zachia (Casa Civil) e Marco Alba (Habitação). O trio que eventualmente entra, claro, é alinhadíssimo com a governadora e suas propostas.

 

Resumindo: lá como cá, nada muda. Ah, pensa que Santa Maria está fora disso? Na-na-ni-na-não. Afinal, cogitou-se, não faz duas semanas, que Vilmar Galvão, então secretário de Obras, continuasse no cargo. E que reassumiria a vaga no parlamento municipal sempre que houvesse projeto de interesse do Executivo – que não confiava em Dionizio Kuchinski, o suplente. Galvão é que não teria topado. E assumiu a vereança integralmente. Mas…

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a notícia “Secretários podem voltar para Assembléia”, publicada por ZeroHora.Com, com informações da Rádio Gaúcha.

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