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UFSM. Projeto de Extensão prepara documentário sobre as seis décadas do Centro de Artes de Letras

Ideia é unir passado, presente e futuro do CAL e lançar a obra em dezembro

A previsão de lançamento do documentário é para a segunda semana de dezembro deste ano (Foto Ana Alícia Flores/Divulgação/UFSM)

Por Gabrielle Pillon / Da Agência de Notícias da UFSM

O ano de 2023 marca o 60º aniversário do Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM. Em alusão à data, diversas atividades e lançamentos estão previstos, anunciados no último dia 12. Dentre eles, está o projeto de extensão “Design e audiovisualidade – 60 anos de memórias, presenças e ausências do CAL”. Ele prevê a realização de um documentário para abranger a história do centro e seus frequentadores, de maneira que contemple as características de todas as suas cinco áreas de conhecimento: música, artes visuais, desenho industrial, letras e artes da cena.

Encabeçando esse projeto estão os professores do Departamento de Desenho Industrial Mario Lúcio Rodrigues e Danielle Difante Pedrozo, a qual é líder do grupo de pesquisa Design e Audiovisualidades. Cerca de 14 pessoas estão incluídas na iniciativa, além do apoio dos demais professores do centro.

Produzir um documentário sobre o CAL é uma missão de bastante responsabilidade, afirma a professora. Isso porque o local é justamente o centro de criatividade por excelência, logo “nosso documentário não poderia deixar de ser tão criativo quanto o centro, pelo menos seria uma tentativa. Então, pensando nesse viés, a gente está tentando fugir do formato do documentário tradicional”, conta.

Um trabalho multidimensional

Dessa forma, Danielle relata que estão sendo captados depoimentos, fotos de registros, dentre outros materiais, a fim de inovar na hora da montagem. A partir de combinações de imagem e som, uso de trilhas autorais dos professores do centro, textos do pessoal do curso de Letras, ilustrações e mais trabalhos de todas as áreas, pretende-se inovar na forma de contar a história do CAL. “Talvez com fragmentos, com uma montagem não-linear, tentando inovar no próprio formato. Até pelo nome do projeto, que dá muito protagonismo ao espaço, às vozes que o habitam”, entende a docente.

No audiovisual, busca-se uma representatividade das vozes do CAL. Com isso em mente, Danielle conta que foram pensadas diversas linhas, como a de seguir o passado, o presente e o futuro. Assim, a ideia não é só trazer representantes históricos de todas as áreas, mas também os do presente. “Que são as vozes que estão habitando esse espaço neste momento, mas que também são o futuro, a partir desses alunos novos que estão entrando”, acrescenta.

Com isso, haverá uma junção de imagens de acervo, tanto de pessoas quanto de obras, com a representação das presenças atuais e das ausências daqueles que passaram, “mas também algo mais multidimensional, com mais de uma camada de interpretação”, comenta. Ainda, tudo isso será organizado através de narrativas, de memórias e fragmentos, contado como se cada voz ocupasse um pedaço do centro, o qual, conforme é frequentado, desperta as vozes, imagens e sons, em consonância com a natureza dos cursos. “Então vai ser bem híbrido, vai ser uma mistura, uma grande mistura, que é o que somos”, relata Danielle.

Uma das integrantes do projeto é a estudante de Desenho Industrial Alice Alves Moreira. Além de ter trabalhado com a professora Danielle em uma disciplina audiovisual anteriormente, a aluna já estava envolvida nas celebrações do aniversário do centro, sendo uma das responsáveis pela criação da identidade visual em comemoração à data. Com isso, está imersa na história do CAL. Na realização do documentário, Alice está na parte de organização e também auxilia nas entrevistas, edições e demais etapas da produção.

Um espaço de vozes

Para a acadêmica, o CAL é um recomeço, onde viveu muitos momentos bons: “Hoje eu tenho certeza que depois de 10 anos posso vir aqui visitá-lo e ver um trabalho meu na parede”. Além do orgulho em ser parte do centro, Alice destaca todas as oportunidades, o crescimento profissional e a sociabilidade que lhe ofereceu.

Esses 60 anos significam uma resistência da arte e da cultura, que muitas vezes deixam de ser valorizadas, conta a professora, por sua vez. Ela também ressalta o peso dessa idade, ao citar que o curso de Desenho Industrial da UFSM é o segundo mais antigo do Brasil. Algo que torna esses feitos ainda mais importantes é pensar que Santa Maria é uma cidade do interior. “Pensar na cultura, na criatividade, nas artes, é um alento para o espírito, e somos um lugar de renovação, de trabalho, de energia”, reflete. “Podemos ter esse espaço para explorar o processo criativo e poder dar voz a isso, a esse centro que somos”, continua.

O audiovisual tem a previsão de lançamento para a segunda semana de dezembro de 2023. Outro objetivo do projeto é criar um acervo online para que o material coletado possa ficar disponível.

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