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Canto de página. Cresce número de inocentes ‘condenados’ pela mídia grandona. Desculpas?

Escrevi aqui, na madrugada de sexta-feira, sobre a possibilidade de retorno de Silas Rondeu ao ministério das Minas e Energia. E a iminente confirmação da inocência (ou, ao menos, da falta de culpa) do ministro que renunciou depois que o Fantástico, da Rede Globo, mostrou imagens que supostamente davam conta do recebimento de RS 100 mil (ou R$ 150 mil) em propina paga pela empreiteira Gautama.

 

Pertuntava: quem vai pedir desculpas ao ministro Rondeau, se confirmado o seu não indiciamento pela Polícia Federal (de onde alguém vazou as imagens exclusivas que a Globo “comprou” como verdadeira prova) e, em isso acontecendo, não sendo citado pelo Ministério Público? Hein?

 

Aliás, não foi apenas a Globo, mas todos os demais veículos que, mesmo depois, também bateram firme em Rondeau, devidamente condenado pela opinião pública. Vão também pedir desculpas? Ou colocar, como de hábito, num canto de página de jornal ou em 10 segundos de um bloco intermediário de telejornal?

 

Nunca é demais lembrar o sufocamento do ex-secretário de segurança do Rio Grande, José Paulo Bisol, que engordou bem sua aposentadoria com as várias ações indenizatória por dano moral que venceu contra um bom tanto de veículos de comunicação da mídia grandona (e da que se acha).

 

Enquanto pensa nisso, leia a elucidativa nota publicada neste sábado pela experimentada e competente jornalista Helena Chagas, do SBT, no Blog dos Blogs. A seguir:

 

“O prefeito petista de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano, preso pela Polícia Federal na Operação Navalha, teve semana passada seu nome excluído do processo pela ministra do STJ Eliana Calmon, que acolheu recomendação do Ministério Público. Ao que parece, não havia pagamentos do município à Gautama porque a licitação, feita pelo prefeito anterior, fora por ele suspensa. Caetano reclama, com certa razão, que a notícia da retirada de seu nome do processo não teve nem um décimo do espaço dado à sua prisão em 17 de maio. “Pouquíssimos veículos divulgaram o fato e mesmo assim em rodapés. Isso é uma coisa muito maléfica, muito ruim para a democracia. Passei um constrangimento muito grande, ficando vários dias preso, tendo a minha imagem exposta na televisão. E aí saiu a notícia da minha prisão em toda a mídia nacional. Agora, depois que a ministra acatou o parecer do Ministério Público, que denunciou o pessoal do Maranhão, denunciou o Zuleido, mas não me denunciou, afirmando que não tem indício nenhum de crime em Camaçari, aí a mídia nacional não noticia nada”, diz. Registrado.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui também outras notas do Blog dos Blogs, editado por Helena Chagas, colunista e diretora regional do SBT em Brasília,  Tales Faria, diretor no DF das sucursais da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil.

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