Mais um dia, mais uma guerra – por Elen Biguelini
“Torcemos que a sociedade aprenda com esta, mas não temos muita esperança”
É estranho pensar que após tantos anos de História nada tenhamos aprendido com o passado.
A ciência histórica nos permite observar as situações e seus contextos, de uma maneira que permitiria evitar a repetição dos equívocos do passado. Ainda assim, por vezes a história acaba sendo cíclica, trazendo a repetição de atitudes e erros do passado.
Historicamente, o inicio de um século tende a trazer conflitos. Mas como sociedade, após a Segunda Guerra Mundial, presumia-se que não chegaríamos ao cumulo de uma nova guerra como aquela.
Vimos esta semana que não estamos longe de massacres incompreensíveis e países se unindo um contra o outro.
Para além das mortes de inocentes de ambos os lados, a guerra sempre traz um sentimento de incapacidade daqueles que desejariam poder fazer algo.
Isto não se modificou com a invenção de novas armas ou da globalização e universalização da informação.
A diferença maior está no fato de que hoje podemos observar os fatos acontecerem e por vezes questionar a mídia sobre estes acontecimentos.
Ainda assim, estamos tão distantes como estivemos de outras guerras, sem poder agir, apenas observando com tristeza os acontecimentos.
Desejamos a paz. Choramos as mortes e pensamos na dor de seus familiares, bem como naqueles que continuam presenciando pessoalmente as atrocidades da guerra.
Por sorte, podemos observar o sucesso de alguns brasileiros que puderam retornar, mas infelizmente, nem todos podem sair da guerra.
E, peculiarmente, enquanto começou uma guerra nova, esquecemos da antiga, que continua. Toda a sociedade se esqueceu da anterior.
Mais um dia, mais uma guerra.
Torcemos que a sociedade aprenda com esta, mas não temos muita esperança
(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.
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