Distribuído pela Assessoria de Imprensa do Parlamentar
O deputado Valdeci Oliveira solicitou, nesta quarta-feira, 11, à presidência da Comissão de Saúde e de Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa, que seja encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde (SES) pedido de informações sobre os recursos públicos alocados mensalmente pelo governo estadual junto ao Instituto de Cardiologia para a gestão do Hospital Regional de Santa Maria.
Da mesma forma, Valdeci demandou que sejam informados à CSMA os serviços atualmente prestados e respectiva capacidade ociosa da unidade, entre outros pontos. A solicitação se deu no espaço dos Assuntos Gerais da reunião ordinária do colegiado, após apresentação feita pelo superintendente do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Humberto Palma, sobre a atuação da unidade federal, que atende a 44 municípios da Região Central do RS, o que abrange uma região de mais de um milhão de pessoas.
“Apesar da excelência, do empenho, da qualidade e dos investimentos federais lá realizados, o HUSM está sempre lotado, pois ele não dá conta da demanda regional existente. Porém, coincidentemente, temos o Hospital Regional que, apesar de ser um grande equipamento de saúde pública, planejado para se tornar referência na média e alta complexidade, tem uma ocupação menor que 50%, apresenta espaços e leitos vazios e, lamentavelmente, (conta com) equipamentos que estão há meses encaixotados, que sequer foram instalados”, comparou Valdeci.
Para o parlamentar, não se faz saúde pública de qualidade com hospitais construídos com dinheiro público e ociosos como é o caso do Regional. Para ele, “hoje, a grande salvaguarda de todo o Sistema Único de Saúde da Região Centro-Oeste do RS é o HUSM”. Na avaliação de Valdeci, membro titular da CSMA, o estado precisa exigir do Instituto de Cardiologia, que é o gestor e administrador do Regional, a oferta, o mais rápido possível, de todos os serviços planejados à população.
“O que hoje tem lá é de qualidade, sem dúvida, mas é fundamental que ele abra suas portas para valer, dentro da ideia da qual foi concebido, média e alta complexidade e 100% SUS. Não são poucos os recursos do estado lá alocados. É inaceitável que não se dê a retaguarda necessária ao HUSM e tenhamos de apelar a pequenos hospitais da região, que também têm suas dificuldades”, questionou.
HUSM – Na apresentação feita por Humberto Palma, superintendente do HUSM, cuja gestão está a cargo da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), vinculada ao Ministério da Saúde, foi destacado que a meta hoje é alcançar – e possivelmente superar – os números de 2018, o melhor momento da unidade, que vinha registrando no período índices crescentes.
“Nos últimos 12 anos, desde que a gestão do HUSM passou para a EBSERH, houve ampliação no atendimento, melhora em seus índices e se abriu novos caminhos para a saúde pública de Santa Maria e Região. O Hospital Universitário é do SUS, para o SUS e pelo SUS”, afirmou o gestor, frisando que a unidade é, disparado, o maior prestador de serviços de saúde na região que vai de Agudo a Santana do Livramento, possuindo um pronto-socorro que atende média e alta complexidades.
“Devemos fechar 2023 com perto de 17 mil internações, 7 mil cirurgias e 240 mil consultas, tentando chegar a 260 mil, que foi o realizado em 2018. E para isso buscamos contar com o apoio da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal”, pontuou. Hoje o HUSM conta com 380 leitos disponíveis e com um programa de residência médica, este vinculado à UFSM, com 586 credenciamentos. “Há um ganho em combinar ensino e pesquisa com assistência e atendimento, que são regionais, mas com alcance estadual e nacional”, avaliou Palma.
Se existe um hospital para atender um monte de gente nada mais natural do que estar sempre lotado. Obvio.
Cascata a parte, o HUSM é o que é porque a estrutura foi planejada e instalada assim. Vide oftalmologia, a referencia do SUS é Faxinal, não é? Site da Ebserh. ‘[…] o HUSM-UFSM constitui-se como o único hospital público da região centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul. ‘É referência para atendimentos terciários de alta complexidade,pacientes portadores de complicações clínicas ou cirúrgicas, gestantes de alto risco, recém-nascidos e pacientes que necessitam transplantes de rim e de medula óssea.’ ‘O HUSM compõem a Rede de Urgências e Emergências da Região Centro-Oeste, com suas referências pactuadas.’