Por Pedro Pereira
Como parte das celebrações dos 60 anos de existência do Centro de Artes e Letras (CAL) da UFSM, estará à mostra, a partir da próxima segunda-feira (13), a exposição “Karakóis no CAL”, produzida pelo cartunista e professor do Departamento de Desenho Industrial da Universidade, Mário Lúcio Rodrigues, o Máucio. A abertura é às 16h e as obras poderão ser encontradas na Sala de Exposição Cláudio Carriconde, localizada no hall do prédio 40 do campus de Camobi.
O evento tem término previsto para o dia 30 de novembro. Aos leitores interessados em admirar os cartuns, os horários de visitação são os seguintes: segundas-feiras, das 14h30min às 18h30min; e das terças-feiras às sextas-feiras, das 8h30min às 12h30min e das 14h30min às 18h30min. Estarão em exibição mais de 100 artes com os personagens da série Karakóis – que também podem ser vistas no perfil do autor no Facebook.
A obra
“Karakóis” é uma coletânea de cartuns em que os personagens principais são caracóis que, de forma humorística e, em diferentes ocasiões, crítica, tecem comentários sobre o cotidiano da sociedade. A iniciativa surgiu no dia 16 de julho de 2020 em uma tentativa de substituição do tradicional “Massa Folhada” – folhetim impresso criado por Máucio em 2015, com poesias e desenhos em cores brancas em um fundo preto, que precisou ser interrompido em virtude da pandemia.
O autor revela que, em função do clima “sombrio” da época e a partir do apoio dos internautas, os “KK”, como também são chamados, se difundiram rapidamente. “As incertezas e a tristeza reinante na ocasião, certamente aumentaram sua multiplicação. Hoje já são mais de 500 episódios publicados”, contou o cartunista. Com a flexibilização das medidas de distanciamento social, o cartunista passou a receber convites para levar sua arte às escolas.
Para a jornalista e integrante da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Néri Pedroso, a iniciativa foi importante para “espantar a tristeza”, de forma sensível. “Eles (karakóis) nascem em julho de 2020 para amenizar o vazio, o susto e o sofrimento provocados pela necessidade de isolamento da pandemia de COVID-19. Aos poucos se reproduzem, meio sem controle tomam conta, ‘karakolizam’ por todos os cantos”, declarou.
Os influentes caracóis, inclusive, inspiraram leitores a enxergar uma “luz no fim do túnel” em meio àquele tenebroso ano. Enquanto para a designer Renata Rubim os cartuns são “uma inspiração diária de ternura e humor”, a relações públicas e professora do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, no campus de Frederico Westphalen, Fabiana Pereira, foi além. “Mesmo que eu falasse a língua dos anjos, sobre as coisas da vida, sem os karakóis, eu nada saberia. Eles tudo fazem, tudo sabem e sempre conseguem surpreender”, disse a docente.
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