Por Maiquel Rosauro
A tarde desta quinta-feira (30) promete ser tensa na Câmara de Vereadores de Santa Maria. A Tribuna Livre, que abre os trabalhos da sessão plenária, será utilizada pela Associação de Moradores do Residencial Dom Lorscheiter e o tema será a Cultura da Comunidade Africanista. A expectativa é de que os oradores Michel Borges, Ricardo Patrezzi e Thomaz Almeida abordem a polêmica “limpeza” da Casa do Povo promovida por pastores evangélicos dias após uma cerimônia de religiões de matriz africana ter sido realizada no mesmo local.
O estopim foi um vídeo publicado pelo influenciador Luiz Henrique Oliveira – Barbudinho, que mostrou cenas do culto evangélico no Plenário e um áudio atribuído ao vereador Alexandre Vargas (Republicanos), promotor do evento. A repercussão das imagens fez com que entidades e ativistas registrassem um Boletim de Ocorrência (BO) por intolerância religiosa contra Vargas na Polícia Civil.
Dois atos
A primeira cerimônia religiosa realizada no Plenário ocorreu em 9 de outubro. Trata-se do Ato Solene de Fé às Religiões de Matriz Africana. O evento contou com a anuência da Comissão de Educação do Parlamento e teve a participação das vereadoras Helen Cabral (PT) e Luci Duartes – Tia da Moto (PDT).
Já o culto evangélico realizado no mesmo local ocorreu em 31 de outubro, alusivo ao Dia da Reforma Protestante.
Censura
Alexandre Vargas entrou na justiça para tentar derrubar das redes sociais o vídeo de Barbudinho. O pedido de censura tramita na 3ª Vara Cível, com pedido de liminar, e aguarda decisão do juiz Carlos Alberto Ely Fontela. Além disso, o parlamentar busca condenar Barbudinho cível e criminalmente.
Caso você tenha curiosidade, segue abaixo o vídeo que o vereador tenta censurar:
Kuakuakuakua! Praticamente um Watergate local! Kuakuakuakuakua! Uma pista, não é porque fazem barulho tentando vender a idéia de que tem alguma importancia alguém vai achar importante. Maioria nem toma conhecimento. No final os PT votam nos PT e os Aleluia votam nos Aleluia. Fim de questão.