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CIDADE. Câmara de Vereadores concede Comenda Zumbi dos Palmares e Medalha Tereza de Benguela

Líder do Compir recebe comenda e cinco mulheres agraciadas com a medalha

Cinco mulheres que receberam a Medalha e agraciado com a Comenda. Todos na mesa dos trabalhos (Foto Luã Santos/Câmara)

Por Mateus Azevedo / Da Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores

Nesta terça-feira (21), no Plenário Coronel Valença, a Câmara de Vereadores de Santa Maria entregou a Comenda Zumbi dos Palmares e a Medalha Tereza de Benguela. A comenda foi destinada ao presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), Elton Chaves. Já a medalha é concedida a cinco mulheres: Maria Medianeira de Lima D’Avila; Cleunice Lopes da Silva; Sônia Terezinha Nascimento dos Santos; Patrícia Gonzatto Gomes e Patrícia Rosane Py Dutra.

A Comenda Zumbi dos Palmares é destinada às personalidades ou instituições que se destacarem na luta pela igualdade social. E a Medalha Tereza de Benguela homenageia, anualmente, cinco mulheres negras que contribuem efetivamente para o progresso de Santa Maria. 

O vereador Paulo Ricardo Siqueira Pedroso apresentou a Comenda Zumbi dos Palmares. O parlamentar defendeu que o combate ao racismo deve estar na agenda da política brasileira e que esse preconceito é estrutural no Brasil. “Nunca vamos desistir. A palavra de ordem, aqui, é resistência”. Destacou também que o negros e pardos, segundo o Instituto Brasileira de Geografia  e Estatística (IBGE), representam 54% da população brasileira e que a maioria desta parcela da população está entre os mais pobres. Na sequência, o edil apresentou o homenageado e destacou a participação de Elton Chaves na militância comunitária e no Movimento Negro.

O agraciado disse que “todos que trabalham com a igualdade racial são merecedores”, referindo-se à comenda com que foi homenageado. Relatou como é bom estar nesse momento e ter o trabalho reconhecido. “Isso não tem preço. Não nos deixa descansar”. Pontuou que toda a sociedade precisa se conscientizar com relação ao racismo.

Já a vereadora Helen Cabral apresentou a Medalha Tereza de Benguela. A parlamentar disse que a homenagem com a Medalha Tereza de Benguela é uma forma de resistência ao racismo e de reconhecimento à contribuição dos afrodescendentes em nossa sociedade. A parlamentar fez um breve histórico da trajetória de Tereza de Benguela e afirmou que esta desafiou a escravidão e se tornou uma líder quilombola. “A luta antirracista é crucial”. Depois, apresentou cada uma das homenageadas, destacando a atuação das agraciadas no município.

Manifestações das homenageadas

Maria Medianeira de Lima D’Avila disse que “as mulheres negras desempenharam e continuam a desempenhar funções cruciais em nossa sociedade”. Disse que o combate ao racismo é importante e que espera viver em um tempo que a igualdade racial para mulheres negras seja de fato celebrada na sociedade.

Cleunice Lopes da Silva disse que Santa Maria é a primeira cidade do Rio Grande do Sul a homenagear com a Medalha Tereza de Benguela mulheres negras.

Sônia Terezinha Nascimento dos Santos salienta que trabalha há 50 anos com crianças. “Eu tenho muita alegria em ser reconhecida nessa noite”. Relatou também “que tem uma alegria muito especial em contribuir com Santa Maria”

Patrícia Gonzatto Gomes destacou a força de Tereza de Benguela que, segundo a homenageada, lutou muito para ajudar no desenvolvimento do povo quilombola. Disse que, anteriormente, passava na frente da Câmara e não se sentia pertencente a esse espaço. Mas que, com a educação, as pessoas saem da invisibilidade. “A educação me ensinou que a gente pode batalhar e lutar”. 

Patrícia Rosane Py Dutra resgatou um trabalho realizado na Vila Brasil. “O trabalho que eu desenvolvi com pessoas privadas da liberdade, na Vila Brasil, foi maravilhoso”. Patrícia desabafou que fez hemodiálise durante 12 anos. E que nesse ano foi agraciada com o transplante de um rim.

O vice-presidente da Câmara, Manoel Badke, que coordenou a sessão solene, encerrou a cerimônia. O edil afirmou que “está sendo uma noite de muita espiritualidade”. Argumentou também que os homenageados falaram com o coração. Destacou que o sonho da vereadora suplente, Maria Rita Py Dutra, autora da Lei que concede a Medalha Tereza de Benguela, se tornou realidade e será perpetuado.

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