Farret e os selos. Mídia grandona (e a que se acha) comprou a versão de Macalão
Lembro de, em momento algum, ter comprado a tese segundo a qual o deputado x ou y e o dirigente partidário a ou b era definitivamente culpado de qualquer dos escândalos (e olha que foram vários) noticiados nos últimos dois, três anos. E por uma singela razão: ainda acredito no princípio de Direito, mais até do que uma norma constitucional, de que ninguém é culpado sem provas. Isso vale, penso, até mesmo para processos políticos, e não necessariamente jurídicos. Por isso, não será aqui que a tese de que cinco ou seis partidos, e igual número (ou quem sabe maior) de deputados são autores de falcatrua com os selos da Assembléia Legislativa. E mais: desconfio bastante do que diz o tal Ubirajara Macalão, principal acusado até agora e cuja palavra está sendo aceita sem maiores contestações. Desconfio não apenas porque sou cético por natureza. Mas, especialmente, porque me parece muito estranho que o dito cujo tenha falado (escolhido?) apenas em parlamentares que não se reelejeram ou que não estão mais na Assembléia, por terem obtido eleição para a Câmara dos Deputados. Mmmmm…. Aí tem, ah, tem. E mais: não sou muito chegado às opiniões de Políbio Braga, jornalista que outrora teve vinculações com o PDT (foi inclusive candidato a vereador de Porto Alegre e a deputado) e que mantém uma página muito bem visitada no mundo virtual. Mas não lhe nego, muito pelo contrário, o respeito – especialmente por suas boas fontes. Menos por suas opiniões, com as quais invariavelmente divirjo. E é Políbio, não este (nem sempre) humilde repórter quem escreveu o que segue: O servidor Ubirajara Macalão sabe muito bem o que está fazendo. Ele não recebeu o cargo de diretor (R$ 17 mil por mês) por acaso. Macalão foi policial do Dops e lá não foi nem um anjo. Ao enumerar alguns Partidos e poupar outros, como ao listar exclusivamente sete ex-deputados estaduais e nenhum deputado estadual em atividade, mandou um recado que ao mesmo tempo significa uma advertência e um pedido de proteção Por essas e outras, prefiro esperar o tempo necessário às investigações. Antes de ficar especulando sobre A ou B. Mas, para que não digam que não falei em José Farret, um dos nomes citados por Macalão, como informa reportagem desta terça-feira do Diário de Santa Maria, declaro que acredito com firmeza que se trata de bode expiatório. O resto é conversa. E espaço dos grandes na mídia grandona (e na que se acha). Isso está sobrando. Se Farret, como imagino, acabar inocentado, quem vai reparar o estrago feito na imagem dele – e nos demais nomes citados, assim, meio de repente? Macalão? Ou a mídia, em alguma nota de canto de página? É. Pois é. SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Confiança pode abrir brechas a erros, diz procurador da Assembléia, publicada pelo ClicRBS, com informações da Rádio Gaúcha. Leia também a notícia Corregedor acompanhará investigações sobre fraude em contrato da AL com Correios, distribuída pelo gabinete do deputado Fabiano Pereira.
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