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Os súditos e bobos do casamento real – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Reconheço as suas parcelas de importância, dito fato histórico e todas as demais colocações, mas confesso que em dose exagerada, a mídia proporcionou uma reverência global à coroa inglesa. O casamento do Príncipe Willian fez o mundo súdito do sim de Kate. Agora, S.A.R. (Sua Alteza Real) Princesa Willian, Duquesa de Cambridge, Catherine.

Casórios e enlaces matrimoniais são um ponto forte da Família Real do Reino Unido já tem alguns séculos. Em retrospectiva, é possível encontrarmos boas curiosidades de um Reino entre os encantos amorosos de seus Reis.

Conta a história que a crise da Inglaterra com a Igreja Católica teve como marco o fato de não ter permitido a anulação do casamento do Rei Henrique VIII (1509) com a sua esposa Catarina de Aragão. Descontente, o Rei rompeu com os comandos católicos e passou a ser chefe da igreja, permitindo-se rumar a novos enlaces amorosos.

Para o Rei Henrique VIII, casar era um compromisso real levado a sério. Realizou o feito por seis vezes. Além de namorador, não perdoava traição, condenou a sua segunda esposa, Ana Bolena, e a quinta, Catarina Howar, à morte, acusadas de adultério. Contextualizado aos nossos tempos, ao invés da fogueira dos séculos passados, quem sabe Lady Di tenha sido queimada no túnel? Mistérios Reais!

Continuamos… A trajetória do Rei Henrique foi marcada por uma diversidade de contos de infidelidade e filhos ilegítimos. Talvez a Kate não seja a primeira plebéia na Família Real, quiçá a própria Rainha Elizabeth II tenha origem em uma das escapadas de seus antepassados. Mistérios Reais!

Entre as esquisitices da realeza, o Rei Eduardo VI, sucessor do namorador Henrique, assumiu o trono aos nove anos de idade, mas antes mesmo da adolescência faleceu. Não provou dos casamentos reais. Foi inicialmente sucedido por sua meia irmã, Maria I, destituída e substituída por Elizabeth I, filha de Ana Bolena, a adúltera. Pergunto: será que era filha do Rei Henrique? Isso me faz lembrar um dito: os filhos das minhas filhas meus netos são, os dos meus filhos serão ou não.

Façamos um avanço no túnel do tempo real até à Rainha Vitória, tetravó da Rainha Elizabeth II; mãe do seu sucessor Eduardo VII (Príncipe de Gales, 1902), que teve como amante Alice Keppel. Charles, coincidentemente também Príncipe de Gales, é casado com a bisneta de Alice. É! Camila Parker Bowles, atual Duquesa da Cornualha (qualquer trocadilho ao título é mera casualidade) deve ser o orgulho da bisa. Ressalva seja feita, foi casada com um afilhado da Rainha Mãe, sendo que um dos filhos de Camila viu o padrinho virar padrasto. Quanta realeza!

O Rei George V teve abdicado o trono pelo seu sucessor, o Rei Eduardo VIII, que deixou o reinado para poder se casar com a americana Wallis Simpson. A renúncia permitiu que o pai de Elizabeth II fosse coroado, eis então o Rei George VI (O discurso do Rei). A Rainha Elizabeth deve comemorar os encantos da sua ‘tia’ Wallis, pois senão tivesse o tio Eduardo se encantado pela moça americana, não se cantaria “Deus salve a Rainha”.

De fatos e contos se faz um Reino, de Reis e bobos se faz um reinado. Há quem diga que o reino está cheio de bobos. Exceto um, o Rei. Quanto aos bobos, o mundo está cheio deles, pensando que são Reis.

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