Por RAFAEL CAETANO FINGER (texto e foto), especial para o Site (*)
A origem do Coringa está rodeada por mistério e detalhes que um fã desconhece. Segundo o empresário e dono da loja Terra X Comics, Luiz Abel de Oliveira, o Coringa é um personagem que surgiu na sua primeira revista solo do morcego, Batman número um (Batman #1), em 1940. “Foi um personagem criado pelo Jerry Robinson com parceria com Bill Finger e Bob Kane, os criadores do homem morcego”, explica Oliveira.
De acordo com o empresário, a primeira aparição do Coringa nas histórias em quadrinhos não foi bem explicada. “Simplesmente o personagem apareceu ameaçando a polícia e o Batman. Ele pronunciava os crimes que iria cometer para testar se a polícia e o Batman tinham a capacidade de impedir”, comenta.
Conforme Oliveira, o personagem foi o primeiro vilão psicopata a ser criado. “Na era de ouro dos quadrinhos, era muito comum um super-herói lutar com um cientista maluco, mas o Coringa foi diferente. Ele é um cara psicopata e insano. E, com a vinda da Comics-Com, na década de 50, o personagem deixou de ser psicopata e virou um palhaço do crime”, ressalta o especialista em HQs.
Ele ainda explica que o personagem foi programado para morrer nesta edição. “Quando o Coringa apareceu a primeira vez, ele estava programado para morrer. Mas o editor-chefe da DC Comics, Whitney Ellsworth, enxergou a grandeza do personagem e não deixou os autores o matarem”.
Segundo o empresário, o conceito inicial para a criação do personagem veio do Jerry Robinson, na ideia do filme “O homem que ri”, de Paul Leni, de 1928. “O sorriso macabro do Coringa foi inspirado pelo rosto do ator Conrad Veidt do filme”, expõe Oliveira.
Além disso, o empresário fala que o Bill Finger explicou a origem do personagem onze anos após a criação. “O Coringa era o Capuz vermelho, um vilão que usava uma fantasia com capacete e capa vermelha. O vilão atuava vários assaltos em várias empresas e indústrias. O plano no Coringa era roubar um milhão de dólares para se aposentar”, destaca Oliveira.
Além disso, na HQ “A Piada Mortal”, o vilão surge na figura de um cidadão que tenta ganhar a vida como comediante. “O Coringa passa por uma transformação psicológica devido as suas situações de crise tanto na vida pessoal como íntima. Para conseguir sustentar a sua esposa que estava grávida do primeiro filho, ele se junta com criminosos para assaltar uma fábrica. Mas, antes de iniciar o assalto, ele recebe uma notícia de que a sua mulher tinha falecido junto com o bebê que ainda estava por nascer”, conta Oliveira.
Em 1954, o livro chamado “Sedução dos Inocentes”, do psiquiatra alemão Fredric Wertham, dava a entender que os quadrinhos eram uma forma ruim de literatura popular. “Esse livro acabou se tornando umas caças às bruxas dos quadrinhos. Então a DC Comics criou o “Código dos Quadrinhos” (Comic Code Authority) como uma forma de autocensura nos quadrinhos”, ressalta Oliveira.
Já o comerciante Marcos Araújo, conta que é um grande fã do vilão da DC e destaca que o personagem não tem limite para cometer crimes. “O Coringa é um personagem excelente porque tem uma risada maluca”, conta o fã de HQs.
(*) Rafael Caetano Finger é acadêmico de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site
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