Por Karoline Rosa (com foto de Divulgação/UFSM) / Da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
O financiamento das universidades federais tem sido alvo de oscilações preocupantes ao longo dos últimos anos. Com o propósito de conhecer melhor esta situação para subsidiar a luta dos sindicatos, a Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional solicitou um estudo ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o financiamento das 69 universidades federais, no período entre 2010 e 2022.
De acordo com o estudo, ao calcular o valor necessário para manter o patamar de despesa por matrícula, todas as universidades analisadas enfrentaram uma acentuada diminuição nos repasses da União. Mesmo no caso da UFSM, que aparentemente teve um aumento nominal de 98,5% nos recursos entre 2010 e 2022, quando ajustado pela inflação, houve oscilações notáveis, totalizando uma redução de 28% no valor investido por estudante.
No período de 2010 a 2014, os recursos empenhados para a UFSM cresceram 16,6%, mas, a partir de 2014 até 2022, houve uma redução de 16,8% em termos reais. A maior redução, no entanto, se evidencia no repasse por estudante, que diminuiu em 23,9% entre 2010 e 2021.
A situação torna-se mais crítica quando se observa o montante necessário para manter o investimento público no ano de 2022. Nesse período a UFSM recebeu cerca de R$ 615 milhões a menos do que seria necessário para manter as despesas por matrícula.
Qual universidade queremos?
Para o professor e presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, as perdas de financiamento ao longo do tempo têm impactos diretos na estrutura de apoio aos professores e professoras, afetando o processo de ensino, grupos de estudo e pesquisa, além de prejudicar os alunos e alunas, que veem redução nas bolsas e suporte financeiro.
“Isso é uma dificuldade direta. Afeta os professores e professoras na perspectiva de reduzir a possibilidade de participação em eventos e compromete a permanência dos e das estudantes na instituição devido à redução do apoio financeiro”, destaca Ascísio.
O presidente da Sedufsm ressalta a importância do papel do sindicato no diálogo com a administração da universidade, na denúncia dos processos de redução de financiamento e na discussão com a comunidade sobre as prioridades da instituição. “Essas reduções no orçamento que o estudo do DIEESE mostra, tem a ver com que universidade nós temos e que universidade queremos, e a sociedade está ou não disposta a manter e garantir essa Universidade”, comenta o docente.
O estudo, que teve como objetivo mapear os investimentos nas instituições de ensino superior, alerta que apenas os recursos do Tesouro Nacional, ou seja, do Orçamento Geral da União foram considerados, excluindo outras fontes de financiamento como recursos próprios e emendas parlamentares.
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Uma salada de numeros e a conclusão é ‘mandem mais dinheiro para nós’. Alas, misturam orçamentos. Maior parte dos recursos para pesquisa, inclusive suplementação do salario dos pesquisadores é via CAPES/CNPq. Obvio que os que não pesquisam não ganham. Para isto tem que trabalhar.
Falta pouco mais de um ano para o fim do mandato do atual reitor da UFSM e as articulações já estão acontecendo. Muito provavelmente reitor e vice estarão do mesmo lado em 2025. Reitor já disse que será candidato, em relação ao vice uma incógnita só que não será a atual.