Mídia (2). Ministro embrabece quando alguém diz que governo Lula quer criar TV estatal
O ministro (mantido para o segundo mandato) Hélio Costa, do PMDB mineiro, das Comunicações, está irado. Especialmente quando dizem, ou sugerem, ou mesmo insinuam, que o governo não está criando uma TV Pública, mas uma TV estatal.
Não devia, antes de mais nada. Afinal, não é pra tanto. Precisamos todos ver o projeto. No entanto, ainda que Costa sequer saiba da minha existência, devo entender que ele embrabeceria comigo também. Afinal, chamei a proposta de TV do Lula (releia aqui). E não encontrei ainda motivos para mudar de idéia – embora concorde, sim, com uma rede de TV pública aos moldes dos franceses e italianos, por exemplo – no que concordo, por exemplo, com o que pensa o insuspeito Mino Carta (leia aqui o que o veterano jornalista escreve, a respeito do tema).
Aliás, o ministro tem problemas também no front interno. Ele anda brigando com Gilberto Gil, o titular da pasta da Cultura, que mantém um Fórum Nacional de TVs Públicas. É, anda dura a vida do mineiro que já foi correspondente da Rede Globo em Nova Iorque e cujos interesses, sempre há quem diga, ele, se não defende, não atrapalha.
A propósito desse enrosco todo, vale a pena ler a reportagem de Patrícia Zimmermann, da sucursal de Brasília da Folha Online, publicada no braço de internet do jornal Folha de São Paulo. A seguir:
Irritado, Hélio Costa diz que governo quer criar TV pública e não estatal
Irritado com a repercussão negativa que a proposta de criação de uma rede nacional de televisão teve nos últimos dias, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse nesta quarta-feira que o governo não pretende criar uma TV estatal, mas uma rede pública de televisão com o objetivo de divulgar políticas públicas.
“TV estatal é o que o [Hugo] Chávez [presidente da Venezuela] faz, TV estatal é o que se faz em Cuba. TV estatal é o que se fazia na Polônia, TV estatal se fazia na antiga União Soviética. E eu estive em todos esses lugares para saber perfeitamente qual é a diferença entre estatal e pública”, rebateu Costa. Segundo ele, sua proposta “honesta” foi recebida com uma “metralhadora”.
A proposta do ministro foi recebida com preocupação no Congresso Nacional, e Costa deverá prestar esclarecimentos sobre o assunto aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara na quarta-feira da próxima semana.
“Não tem ninguém querendo fazer TV estatal, não tem ninguém querendo fazer culto de personalidade, nós estamos querendo abrir as ferramentas da TV moderna, da TV digital”, afirmou o ministro.
Segundo ele, o assunto ainda será discutido com a Casa Civil e o presidente da República, mas passará por uma discussão no Congresso, que teria a “última palavra, se quiser, em termos de TV pública no país”.
PPP
Ao defender a proposta de se criar uma rede nacional de televisão pública, o ministro explicou que o modelo de financiamento dessa TV poderia inclusive ser o de uma parceria público-privada.
Ele citou o exemplo do canal Futura, das Organizações Roberto Marinho, que contaria com apoio de empresas em determinados projetos.
Segundo Costa, uma forma de financiar essa emissora seria conceder descontos no Imposto de Renda para as empresas que participarem de um “projeto social importante” realizado pela TV pública.
A estrutura já montada hoje para o funcionamento da Radiobrás, que cobre cerca de 30% do território, poderia ser modernizada e ampliada, para que o seu conteúdo chegue a todo o país, na avaliação do ministro
SE DESEJAR ler a íntegra clique aqui.
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