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Para a esquerda, a mentira serve de regra e, agora, como verdade – por Giuseppe Riesgo

Muitas seriam as características de má fé da esquerda brasileira, e, sobretudo, do PT gaúcho. Mas vou atentar àquelas principais que, no meu entendimento, emergiram com mais intensidade nas últimas semanas: baixa capacidade intelectual e cognitiva, desonestidade e intolerância. A prova disso foi dada mais recentemente quando a quadrilha do PT e dos partidos esquerdistas que derivam do lulopetismo se “uniram” por meio de uma “carta pública” para criticar a gestão e condução do prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) e, inclusive, para endossar um pedido de impeachment dele no Legislativo da capital gaúcha.

Eu não tenho intenção alguma de defender o governo Melo, nem é a minha ideia aqui. Mas, agora, vamos aos fatos. Quem assinou o tal documento? Alceu Collares, José Fortunati,  Olívio Dutra, Raul Pont e Tarso Genro. Lembrando aos desavisados, até porque não há ingênuos dentro da política, que toda essa turma governou Porto Alegre por um quarto de século. Ininterruptamente, o PT comandou Porto Alegre por 14 anos (de 1989 a 2002). Por todo esse período, nada ou pouco fizeram. E, agora, querem culpar o atual mandatário pela catástrofe que assola a capital.

Em um exercício de honestidade e de raciocínio lógico, o que é quase impossível de cobrar dos petistas, eu questiono: e se o prefeito fosse da esquerda? Qual seria a narrativa adotada por eles? Fica mais uma vez evidenciado que os políticos canhotos são desprovidos de qualquer senso de honestidade. Se valer desse momento para fazer essa política rasa e baixa é típico deste lado da política, que viu na tragédia gaúcha a oportunidade para nomear um interventor que atua em um governo paralelo dentro do Rio Grande do Sul e promover uma série de anúncios, fantasiosos e irreais até aqui, para privilegiar os pré-candidatos do PT. Estamos vendo isso de forma muito nítida aqui mesmo em Santa Maria.

Obviamente que a situação de Porto Alegre tem, sim, falhas em uma engrenagem que há muito tempo deixou de ser azeitada. Está se mostrando, dia após dia, que houve falha na manutenção dos aparatos de proteção da cidade, também se viu uma nítida desorganização institucional e técnica dos serviços. Mas isso tudo não se deu só nos últimos três anos. Eu não me permito ser desonesto em um momento em que todos foram, em maior ou menor grau, impactados.

Não se pode isentar os gestores públicos, seja nas esferas federal, estadual ou municipal, da culpabilidade frente aos acontecimentos severos e adversos que atingiram o Rio Grande do Sul. Da mesma forma, não se pode desconsiderar que essa foi a maior enchente da história do estado. O que a esquerda faz, até este momento, não surpreende em nada. A narrativa deles se vale de um jogo de palavras vazias e de uma falsa simetria em que o embasamento deles observa comparações absurdas entre elementos desconexos. A regra é mentir, e com uma ajudinha de parte da imprensa, fazer com que mentira, que é a regra deles, seja vista como verdade. E quem discorda é fascista, reacionário.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras. Excepcionalmente, nesta semana, o artigo é publicado na sexta.

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8 Comentários

  1. Resumo da ópera. Com desafios maiores o espaço para amadorismo e ‘discurso bonito’ diminui. Não se deveria abrir mão da gestão e da técnica. Moduladas pela politica, obvio. O que não deveria acontecer, politica na base da propaganda e dos ‘achismos’. O que deve acontecer? Establishment vai tentar voltar o mais rapido possivel a zona de conforto. Boas praticas de gestão recomendarão, tecnicos darão seu parecer, mas imprensa, causidicos e politicos (sem formação ou experiencia) ignorarão tudo para fazer como era feito antes, ‘achismos’. Basta ver nas camaras de vereadores (ou assembleias legislativas, ou Congresso) Brasil afora, por exemplo, o edil diz para o procurador qual deve ser o parecer sobre constitucionalidade de certas leis. Se na burocracia é assim, basta imaginar na tecnica onde o nivel de ignorancia geral é maior.

  2. Alas, fica a questão, quais são os 5 maiores problemas da urb? Não o que a imprensa foca, pois deve haver algum fora ‘das vistas’.

  3. Aldeia também tem um ‘observatorio social’. Pelo jeito se limita ao exame da burocracia. ‘Despertar o espírito da cidade fiscal na sociedade organizada, tornando-a proativa […]’. ‘[…] visando a conquista da justiça social e eficiência da gestão pública […]’. Cereja do bolo ‘[…] análise e/ou melhoria de políticas, […]’. Muito discurso bonito. Deve haver muitos contadores(as) e advogados(as) por lá, sem falar em politicos e representantes. Burocracia. Nisto se resume a ‘sociedade civil organizada’.

  4. Constatações. Mais de 90% do orçamento publico, em qualquer nivel, é carimbado. O que não resolve muita coisa, dinheiro que no papel é da educação, ou saúde, vai parar em atividades meio e não onde deveria ser empregado. Governantes com o que resta e com financiamentos focam nas atividades que dão mais votos. Na aldeia o Distrito Empulhativo, mesmo com rombo no fundo previdenciario, com gente morando em areas de risco. Tecnoparques, incubadoras, ‘inovação’, ‘sustentabilidade’, anuncios sobre o patrimonio historico. Em POA revitalização do Quarto Distrito, distrito empulhativo (é moda, o Polo Distrito C com ‘muito sucesso’ e ‘economia criativa’. Proteção contra as cheias, como todo problema, só existiu depois que bateu no gabinete dos burocratas.

  5. Leva a uma pergunta, humidade sai da Amazonia e desce. Um bloqueio faz com que a precipitação fique toda aqui. Problema é que parte da agua que esta na atmosfera escapa por cima dos Andes la no norte ainda. Existe a possibilidade de outro bloqueio por la acarretar mais agua caindo aqui? Sim, porque mudanças climaticas são mudanças, estatistica se foi ‘pras cobras’.

  6. ‘[…] houve falha na manutenção dos aparatos de proteção da cidade, […]. Atenuante, se estivessem funcionando não é garantia que o resultado que se apresentou não aconteceria. É bom ressaltar isto porque ‘genias’ da Rede BullShit já abriram a boca no microfone para ‘exigir’ garantias de que não se repita. Fukushima tinha proteção contra tsunami de 6 metros de altura e foi atingido por um de 12. Engenheiro de obra pronta que não se manifestaram na hora da construção da proteção (e de outras) utilizaram o chavão de costume: ‘poderia ter sido evitado’.

  7. ‘[…] eu questiono: e se o prefeito fosse da esquerda?’. Não precisa imaginar. ‘Cumpanhero’ Jairo Jorge de Canoas. Todo enrolado. O das 9 mortes em UTI que não existiam. ‘Irmão’ do Capsicum segundo ele mesmo. Canoas que tem fundação municipal de saúde E secretaria municipal de saúde. Como defendeu um certo médico e politico de SM. Como a saúde de Canoas estava antes da enchente? Quebrada. Fundação é só cabide para bonecos.

  8. ‘Alceu Collares, José Fortunati, Olívio Dutra, Raul Pont e Tarso Genro.’ Só mostra o ‘caráter’ (ou falta de) destes daí. Não que Melo seja completamente isento. Caiu na armadilha de fazer o que sempre foi feito e seguir a ‘moda’.

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