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FUTSAL. Olímpia de Santa Maria começa trajetória em Estaduais nesta temporada, com a Série Bronze

“Temos que ir degrau a degrau, mas sonhar” afirma o treinador Diozer Irajá

Equipe da cidade treina há quatro meses juntos, de duas a três noites por semana, no ginásio da Escola Medianeira (Foto Pedro Pereira)

Por Pedro Pereira

Neste fim de semana inicia a caminhada de mais um representante de Santa Maria nas quadras de futsal cidade afora. Em Ijuí, o Olímpia, clube criado em 2022, estreia oficialmente em torneios estaduais com a disputa do Campeonato Gaúcho – Série Bronze de 2024, na tarde deste domingo (30). Antes de se filiar à Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS), no começo deste ano, a equipe já fazia barulho no cenário municipal.

Liderado pelo técnico Diozer Irajá, o esquadrão que fará parte da terceira divisão vem treinando junto há cerca de quatro meses, de duas a três vezes por semana, no ginásio da Escola Medianeira. De acordo com o comandante, e em concordância com o presidente dos “olimpianos”, Bruno Cabral, a meta da agremiação nesta primeira participação na competição é clara: terminar a temporada com condições de seguir na Série Bronze em 2025. Contudo, idealizar estar na briga por uma vaga na segunda divisão do Rio Grande do Sul não é descartado.

“É o que eu tento colocar na cabeça dos guris, que temos que ir degrau a degrau, mas sonhar. Daqui a pouco a gente vai chegando pelas beiradas e podemos estar na Série Prata no ano que vem. Avançar ao mata-mata seria ideal, mas vamos com calma”, destacou Irajá. Em um primeiro momento, disputar o Campeonato Gaúcho nem estava nos planos do clube, mas os patrocínios e o apoio conquistados permitiram ter essa oportunidade. “O pessoal da direção está nos dando uma estrutura bem legal para trabalhar”, complementou o treinador.

Início do time

Ao todo, 19 atletas – sendo três goleiros, cinco fixos, oito alas e quatro pivôs – integram o elenco do Olímpia. A princípio, não serão adicionados novos jogadores. Além do comandante, um auxiliar, um preparador de goleiros e um preparador físico formam a comissão técnica. Na direção, apenas Cabral, que fundou o time há dois anos de forma despretensiosa, com amigos que jogavam juntos, e após ver outras agremiações da Região Central participarem de torneios estaduais, hoje se deixa sonhar.

“2024 é um ano de estruturação para, no ano que vem, a gente começar a bater de frente com as equipes de ponta”, declarou o presidente do clube. Com certa quantidade de apoio financeiro já neste momento inicial, o dirigente afirma: “a ideia é que, até 2026, todos os envolvidos recebam um salário mensal e o plantel seja profissional mesmo”. Entre os pontos positivos visando um bom desempenho na Série Bronze, ele realça o trabalho de uma comissão técnica completa.

Para Irajá, a falta de experiência de alguns atletas, que nunca fizeram parte de campeonatos estaduais, pode pesar. Entretanto, o treinador acredita estar sabendo lidar com este obstáculo: “os que já têm experiência é mais fácil, sabem como funciona, porque a competitividade é bem diferente. Eu tentei padronizar todo mundo e a galera entendeu o espírito. Hoje, a gente tá vendo o mesmo padrão em todo mundo”.

Como estilo de jogo, a proposta que deve ser apresentada pelo Olímpia neste certame de estreia é mais defensiva. Para o técnico, times qualificados e organizados estão na briga pelo título e, dessa forma, é preciso entender a maneira que as partidas serão disputadas para depois atuar mais livremente. Como exemplo, o comandante utiliza a estratégia de Gabriel Pranke, da UFSM Futsal, na vitória diante do Atlântico, de Erechim.

Técnico Irajá e presidente Cabral em treino do Olímpia (Foto Instagram/Reprodução)

“O Pranke soube entender o jogo contra o Atlântico e fez uma marcação perfeita, apesar do elenco mais limitado. A gente tem que ter essa mentalidade de começar degrau por degrau, pegar experiência e ir se soltando com o tempo para, então, quem sabe, manter mais a bola no pé”, garantiu Irajá que, assim como o líder dos guris da Federal revelou ao Site antes da Série Ouro começar, busca contar com o apoio da torcida nesta jornada.

Estreia à vista

A Série Bronze de 2024 conta com a participação de 18 clubes, divididos em quatro chaves na fase inicial. No grupo B, Olímpia, Locomotiva (de Serafina Corrêa), Penharol (de Arvorezinha), AERVT (de Faxinal do Soturno) e Ijuí (da cidade de mesmo nome) brigam, em turno e returno, por quatro vagas às oitavas de final. O último colocado cai para a repescagem e terá a oportunidade de lutar por duas vagas no mata-mata.

Segundo Irajá, não há muitas informações disponíveis sobre as outras equipes da competição. Porém, o treinador do Olímpia afirma que procurou ver alguns jogos e já consegue ter algumas concepções dos rivais. Para ele, o Locomotiva é “muito qualificado, que movimenta bem atrás”, assim como o time ijuiense. Já o Penarol, pelo que entende, é formado por um grupo de atletas que, apesar de bons, apenas disputam as partidas e não se encontram para treinos. A AERVT sofreu com a catástrofe climática e, dessa forma, não é possível saber sua situação.

Orientalino Corrêa, o Mano, 35 anos, nasceu no município de Santana da Boa Vista, localizado na Região Sul do Estado, mas mora em Santa Maria há cerca de 14 anos. O santa-mariense de coração, que joga futsal desde criança e é goleiro desde os 21, será um dos atletas à disposição do clube para o Campeonato Gaúcho. Esta não será a primeira vez que ele fará parte da terceira divisão estadual mas, mesmo veterano, declara: “a gente treina apenas nas horas vagas, à noite, porque trabalhamos durante o dia”.

Para o “arqueiro”, os olimpianos chegam na Série Bronze com a missão de incomodar os adversários, pois o elenco é composto por jovens e, com o trabalho de Irajá, o trabalho está “encaixado”. “Vamos dar nosso melhor em quadra. Quem entrar em quadra vai vestir a camisa. Não vamos para brincar. Se vamos conseguir vencer, eu não sei, mas é o objetivo”. A equipe da cidade entra em quadra a partir das 16h deste domingo, no Ginásio Wilson Máximo Mânica, em Ijuí.

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