A Escalada da Violência em Santa Maria: aumento de 65% em homicídios em 2024 – por Giuseppe Riesgo
“Treinar, incrementar e armar a Guarda Municipal pode ser parte da solução”
Santa Maria iniciou julho registrando o 46º homicídio de 2024, com a morte de um homem de 41 anos no bairro Passo d’Areia, região oeste da cidade. Este número alarmante representa um aumento de 65% em relação ao ano anterior, evidenciando uma escalada preocupante nos índices de criminalidade. A cidade, que já ocupava a 4ª posição no ranking de homicídios no Rio Grande do Sul, está cada vez menos segura.
Além dos homicídios, outros crimes violentos, como assaltos à mão armada, furtos e roubos de veículos, também apresentam índices alarmantes. Em 2023, foram reportados 4.951 casos, e já se totalizam mais de 3.000 ocorrências, apenas entre janeiro e junho. Esse aumento reflete uma tendência perigosa que não pode ser ignorada e que exige uma resposta urgente e coordenada.
A história de Santa Maria também foi vítima da atividade criminosa, que afeta não apenas a segurança dos cidadãos, mas também o patrimônio cultural. O roubo de 9 dos 14 bustos que enfeitavam as praças santa-marienses marcaram o último ano, representando uma perda irreparável para a memória e identidade municipal.
As forças policiais têm trabalhado incansavelmente para prender criminosos e proteger a população. Para isso, é essencial que recebam suporte contínuo, recursos adequados e tecnologia necessária para que continuem desempenhando sua função com excelência.
Treinar, incrementar e armar a Guarda Municipal de Santa Maria pode ser parte da solução, equipando os guardas com melhores recursos, para garantir maior segurança e eficiência em suas operações. Essa mudança pode fortalecer a capacidade de resposta a emergências e incidentes de violência, além de promover um senso de ordem mais robusto nas áreas urbanas, coibindo o crime com mais veemência, e deixando a população mais segura.
Além de medidas repressivas, é crucial implementar ações preventivas para impedir que o crime se alastre. Melhorar a iluminação pública, por exemplo, é uma medida simples e eficaz. Uma pesquisa realizada em Nova York, pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, constatou que houve uma redução de 36% nos crimes ocorridos durante a noite em vias que receberam reforço na iluminação. Em Santa Maria, muitas áreas ainda são mal iluminadas, o que aumenta a vulnerabilidade dos moradores a crimes e desencoraja a circulação noturna.
Para enfrentar o problema da violência de forma sustentável, devemos investir nos santa-marienses, com políticas públicas voltadas para a educação, esporte e cultura. Estas iniciativas oferecem alternativas saudáveis para os jovens, afastando-os da criminalidade.
Nossa cidade precisa olhar para a juventude, se tornando um ambiente que permita o desenvolvimento adequado deles, que infelizmente representam mais da metade dos envolvidos em homicídios, seja como criminosos, seja como vítimas. Projetos de inclusão social e geração de emprego também são fundamentais para reduzir o crime a longo prazo, pois o desenvolvimento social só ocorre junto ao crescimento econômico.
A situação da segurança em Santa Maria é grave e exige respostas rápidas e eficazes. Reduzir os índices de homicídios e outros crimes depende de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e iniciativa privada. Somente com ações coordenadas e um compromisso verdadeiro com a mudança será possível transformar Santa Maria em um lugar mais seguro e acolhedor para todos.
(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.
‘[…] Santa Maria em um lugar mais seguro e acolhedor para todos.’ Deveria seguir a primeira regra do buraco: se voce esta no fundo do poço pare de cavar. No caso parar de tratar a aldeia como se fosse uma ilha no meio do planeta, a municipalização versão debilóide. Deixar de inventar ‘vantagens competitivas’ que não existem (ou só existem na cabeça de alguns cabeças de bagre ‘influentes’) também ajudaria.
‘[,,,] devemos investir […]’, ‘Nossa cidade precisa […]’. ‘ […] é grave e exige respostas rápidas e eficazes.’ ‘[…] depende de um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e iniciativa privada.’ ‘Somente com ações coordenadas e um compromisso verdadeiro com a mudança será possível transformar […]’. Discurso que cabe na segurança, na saúde, na educação, no desenvolvimento economico e outros mais. Ja foi repetido inumeras vezes na urb. Para quem já esta familiarizado com a aldeia, ou fica no discurso ou vai para a marketagem, geralmente com um anuncio ou ‘inauguração’ de iniciativa isolada para tirar fotos. Sem compromisso com os resultados, obvio.
‘Uma pesquisa realizada em Nova York, pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, ]…]’. Problemas. NY para quem não notou ainda fica nos EUA. Segundo, pesquisa teria que ser replicada aqui para ver se os resultados são reproduziveis. Terceiro, a iluminação publica citada no trabalho é compativel com estadios de futebol, torres com o equivalente a 30 lampadas LED instaladas. O proprio estudo menciona que existe um problema de custo. Lá.
Alas, há quem clame por uma ‘secretaria da segurança publica’ municipal. Dinheiro publico gasto em cabides para fazer reuniões e promoção pessoal. ‘Coordenação’ feita pelo ente federativo mais bagrinho na hierarquia (legalmente são iguais, mas ‘não pegou’),
‘Treinar, incrementar e armar a Guarda Municipal de Santa Maria pode ser parte da solução, […]’. Municipalizar a segurança em outras palavras. Sem orçamento, sem previsão constitucional e sem proteção legislativa dos guardas. Lembrando que os milicos chiaram muito com as operações GLO. Criaturas vão prestar o Serviço Militar Obrigatorio e periga terminarem o mesmo mas continuarem a responder processo por homicidio. Sem falar nos outros problemas, guardas cometendo abuso de autoridade pais afora, envolvendo-se com milicias e outras coisas.
Ainda teve gente com a cara de pau falando ‘eu aceitaria do lado da minha casa, mas moro num condominio’. Cara de pau ou burrice, caso ainda sub judice.
Não precisa dizer que o Casarão se omite no caso dos musicos. Segundo caso foi a tal Casa do Apenado (não lembro o nome direito). Genios(as) da urb resolveram montar um hostel de criminosos em bairro residencial da cidade. Sem falar com ninguém conseguiram apoio de Possochato. Numeros seguem ciclos mas a recidiva criminal até em paises desenvolvidos supera 50% (dependendo do prazo, 1, 3, 5 anos). A questão é religiosa, muitos não conseguem raciocianar além do juridico e querem impor suas convicções pessoais ao resto da população utilizando ‘direitos humanos’ ou a legislação. Se houvesse acerto de contas na rua e alguém encontrasse uma ‘bala perdida’ não importa, ‘caso isolado’, o negocio é ‘reabilitar duela a quem duela’. E so mais um caso de uma pessoa virar camiseta. ‘Justiça para (…)’.
Para decisões em gabinetes não precisa ir longe. Quiprocó com musicas de rua no Calçadão. Advogado marketeiro (e com escritorio bem longe) entra com HC. Magistrado Joinha concede. Hoje em dia dependendo da loja que se entra não é possivel ouvir nem o proprio pensamento. Uma das explicações foi o modelo europeu. Onde majoritariamente se exige licenciamento e provas de capacidade (prova da Ordem dos Musicos é bem fuleira).
Problema não são as forças policiais. Problema são as decisões de politica criminal tomadas por ‘espertos’ em salas com ar condicionado sem levar em consideração quem vai ‘pagar a conta’. Punir só crimes com violencia, deixar em segundo plano (ou ignorar) crimes patrimoniais, não punir o pequeno traficante. Sem falar no ECA. Ficam ‘dando chance’ e o que se ve são os ‘poupados’ progredirem no rumo do crime ao invés de abandonarem. E uma religião, direito natural, Rousseau (a estrutura da sociedade corrompe, mote dos vermelhos, ‘vamos acabar com o capitalismo’).
Vamos combinar, bustos e patrimonio historico a maioria não da ‘a menor pelota’. Memoria e ‘identidade municipal’ idem. Nesta hora alguém vai dizer ‘precisamos mudar a educação, envolver as escolas’. Para daqui 30 anos (ou outra data indeterminada no futuro) o pessoal começar a dar importancia. Famoso mito da ‘formação de publico’.
Homicidios tem dois fatores majoritariamente. Mercado consumidor de entorpecentes e trafico. Por incrivel que pareça, os defensores de ‘campanhas’, que tem resultados discutiveis no minimo, não mencionam o assunto. O negocio é ‘descriminalização’. Vermelhos defendendo ‘direitos individuais’ alegando ‘saúde publica’. Que já esta na base do ‘é o que a casa tem para oferecer’. Sendo Brasil é ‘libera depois a gente ve’.
Uma coleção de chavões, lugares comuns e cliches. Formatada num discurso politico padrão.