Por Pedro Pereira / com informações da Agência de Notícias da UFSM
Depois de 15 anos, o time masculino de handebol da UFSM está nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que acontecem em Brasília, no mês de outubro. A vaga foi conquistada no último sábado (27), nos Jogos Universitários Gaúchos (JUGs), com vitórias sobre a Universidade Feevale, de Campo Bom, e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), além do empate com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Porto Alegre. As partidas foram sediadas no ginásio do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Pelotas.
O formato era de pontos corridos, no modelo “todos contra todos” – ou seja, os guris da Federal enfrentaram os rivais apenas uma vez e, ao final, terminou com a melhor colocação da tabela. O esquadrão feminino também disputou o certame, mas na Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia (ESEF), igualmente em solo pelotense, e deu adeus ao sonho da classificação à etapa nacional com 1 vitória, 3 derrotas e a 4ª colocação.
Para o experiente armador Gabriel Mesquita, multicampeão estadual, as atuações da equipe de Santa Maria foram boas, dentro do esperado após a preparação. Ele, que da mesma forma integra o elenco masculino principal de handebol da UFSM, garante que a preparação segue: quatro dias na semana, com o primeiro destes treinos sendo basicamente voltado ao plantel universitário – formado apenas por estudantes da Universidade. “A gente tem que fazer uma boa competição nos JUBs”, destacou.
A trajetória
Conforme o treinador do time, Kauê Skrebsky, contou ao Site antes dos JUGs, os campo-bonenses da Feevale seriam os “adversários a serem batidos” do último fim de semana. Isso se dá pois eles chegavam em Pelotas para buscar o bicampeonato do torneio, além de terem ficado com o vice do Campeonato Gaúcho após perderem para os guris da Federal. A abertura da disputa foi justamente o duelo contra os oponentes, ainda pela manhã do sábado.
Mesquita explica que, embora tenham começado mal, com erros ofensivos, conseguiram manter uma vantagem no final da partida e vencer por 17 a 12. No segundo confronto, o empate de 13 a 13 com a UFRGS, o armador acredita que o esquadrão cometeu falhas tanto de ataque quanto de defesa, mas sofreu com erros de arbitragem, “cruciais”, na visão do atleta, para o resultado.
No último compromisso dos JUGs, contra os donos da casa, da UFPel, que valia o título e a vaga à etapa nacional, o time se reergueu. “A gente fez uma marcação muito encaixada, foi o diferencial. Tanto que, no primeiro tempo, a gente levou só três gols. Isso em 20 minutos no handebol é algo muito difícil. A equipe estava muito bem preparada, todos se superaram”, disse o jogador.
Futuro próspero
Na opinião de Mesquita, mesmo com um “ataque oscilante” ao longo dos jogos, o equilíbrio defensivo dos guris da Federal “foi o que ganhou o campeonato”. Outro ponto positivo é a atuação dos atletas mais jovens que, mesmo com a imaturidade, resolveram dentro de quadra. ”Geralmente, quando a gurizada mais nova vai para uma competição estadual pela primeira vez, os meninos acabam ‘sentindo’ pela inexperiência. Alguns deles foram bem maduros e não sentiram o nervosismo, a pressão, a ansiedade”, relatou.
O time masculino de handebol da UFSM exclusivamente formado por alunos vinculados à instituição foi reformulado para 2024. A última vez que a Universidade marcava presença na modalidade, nesta categoria, foi em 2009. Na época, Luiz Osório Cruz Portela, lendário goleiro santa-mariense e agora professor da Federal, era o comandante. A equipe foi a Fortaleza, Ceará, e terminou a disputa com a 5ª posição.
Mesquita vê o resultado, além do retorno ao cenário universitário nacional, como uma forma de saber que existem novos atletas à vista, com “bastante potencial para agregar”. “A maioria que ingressou é jovem, sendo esse o primeiro ano em que está jogando. É bem difícil montar uma equipe vencedora com bastante caras novos assim tão rápido”, evidenciou o jogador.
Passado o campeonato, o armador conclui que os rivais não acreditavam que o esquadrão da UFSM fosse o principal adversário, sequer o favorito a triunfar no fim do dia. “Acabou que a gente surpreendeu as equipes com humildade e com os pés no chão. Fizemos o trabalho que vínhamos treinando e tivemos êxito”, explicou. Três integrantes titulares do plantel estavam afastados por lesão mas, para os JUBs, que acontecem de 8 a 19 de outubro, devem estar recuperados a tempo.
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