Previsão. Se súpers mantiverem média, fechar domingo significa corte mínimo de 200 empregos
Fonte ligada a uma das três redes médias de supermercado que atuam em Santa Maria indica a saída de pelo menos 20 funcionários, de um total de 400. Algumas das demissões já teriam inclusive sido concretizadas. A quase totalidade de caixas e repositores. Outros profissionais, mais especializados (açougueiros, por exemplo), correm menos risco. Curiosamente, são categorias que, independente do emprego, trabalham em qualquer dia, inclusive nos domingos.
Se as demais organizações do mesmo porte seguirem o modelo, serão, no total, pelo menos 80 empregos ceifados com o acordo para que os funcionários descansem aos domingos – a razão maior alegada para fechar os supermercados nesse dia.
Quanto às grandes redes (Wal-Mart e Carrefour), com seus mais de mil contratados, de acordo com um empresário ligado a fontes dos norte-americanos e franceses, as demissões estão prestes a começar. E elas chegariam, somadas os quatro súpers a elas ligados, a pelo menos 150, ou algo como 8% do quadro total. Também aí, os primeiros a sair seriam repositores e caixas.
Pode ser (e é) cruel, mas a conta é simples: se as operações estão montadas para trabalhar sete dias, mesmo considerando algumas especificidades, o que pode reduzir o número, é evidente que não será necessária a mesma quandidade de profissionais para abrir um dia a menos.
PERGUNTA CLAUDEMIRIANA: com o perdão da impertinência, mas adoraria saber quem foi o inteligente que imaginou ser possível trabalhar menos com mais gente. O normal é o contrário: fazer mais, com menos. A lógica foi completamente invertida. Tudo, claro em benefício do trabalhador. Digam isso para aqueles quase 200 que ficarão sem emprego, nesse e nos próximos dias.
OUTRA PERGUNTA CLAUDEMIRIANA: agora, de forma bem impertinente, alguém aí já anotou o prejuízo para a economia da cidade e para os próprios trabalhadores, antes de assinar tão disparatado acordo? Aliás, quem está mesmo ganhando?
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