Economia. Americanos fazem burrada e têm pneumonia. Aqui, há problemas. Mas nem tão graves
Ben Bernanke é o Henrique Meireles dos norte-americanos. É o presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos – como Meireles é o todo-poderoso do BC do Brasil. Pois o que diz e faz o Bernanke tem uma influência fantástica sobre o mercado financeiro. Quanto mais não seja porque se trata, aqui, da maior economia capitalista do planeta.
Pois o presidente do Fed declarou, nesta quinta-feira, que haverá recessão nos EUA, no primeiro semestre deste ano. É claro que usou outras palavras. Mais exatamente: a economia americana vai crescer em ritmo lento. O que é a mesma coisa.
Foi um Deus-nos-acuda. Para começar, a Bolsa de Valores de São Paulo, a maior da América Latina, caiu perto de 3% (no momento em que escrevo, este é o percentual disponível). Os especuladores estão aí para isso mesmo. Outros mercados também estão retraídos, a começar pelos asiáticos, os cujas informações chegam primeiro.
Tudo isso, somado a algumas outras conseqüências da deficiente economia norte-americana, inclusive o prejuízo (veja só) de um dos maiores conglomerados bancários do mundo, o Citygroup, é combustível mais que suficiente para atarantar economistas e, sobretudo, levantar dúvidas sobre o desempenho de países periféricos. Inclusive, creia, o Brasil. Ou você acreditava que estamos no centro do mundo?
É verdade isso tudo. É. Mas nem tanto. Afinal, o que não falta, hoje, no país descoberto por Cabral, é reserva. Sobram dólares. E os chamados fundamentos da economia estão pra lá de firmes. Isso e vários outros fatores e, também, indicadores positivos, permitem supor que a gripe (ou pneumonia, no caso) americana talvez provoque alguns espirros por aqui. Mas nada que uma boa vitamina C não possa resolver.
É, pelo menos, o que estão dizendo os economistas. Nunca quis tanto acreditar neles, pode estar certo. E talvez fosse o caso de você também pensar assim. Inclusive porque há, por traz desse sentimento positivo, muitos dados concretos, que dão substância às opiniões favoráveis. Desta sairemos chamuscados, provavelmente. Mas em bom estado de saúde.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem O tamanho da crise, de Erich Decat, no Congresso em Foco.
Leia também a notícia Perdas da bolsa no ano chegam a 8%, publicada nO Estado de São Paulo.
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