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VOLEIBOL. Estreante e resiliente, time feminino da UFSM representa a cidade no Campeonato Estadual

Capitã da equipe sobre o grupo: “não largamos a mão uma da outra nunca”

Após o título do Campeonato Municipal, gurias da Federal buscam alçar voos maiores no RS (Foto Luiza Mielke/Voleibol UFSM)

Por Pedro Pereira

Pela primeira vez na história, a equipe feminina de vôlei da UFSM disputará o Campeonato Estadual organizado e promovido pela Federação Gaúcha de Voleibol, em 2024. A competição é realizada na categoria adulta e a estreia das gurias da Federal será nesta quarta-feira (25), às 19h30min, no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade. A entrada é gratuita.

A rival desta rodada será a UPF, de Passo Fundo, que garantiu o título dos Jogos Universitários Gaúchos (JUGs) deste ano em cima do próprio time de Santa Maria. Também fazem parte do torneio: Sogipa, de Porto Alegre; Juventus, de Teutônia; e Ginástica, de Novo Hamburgo. Para entender as expectativas do esquadrão, o Site conversou com o treinador Lorenzo Laporta e com a ponteira e capitã Maria Eugênia Tólio.

Visando evoluir

A equipe feminina da UFSM chega no Campeonato Estadual em meio a uma temporada recheada de resultados, entre glórias e adversidades. Em agosto, as gurias da Federal ficaram a uma partida de confirmar a vaga aos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), em Brasília, quando caíram para as passo-fundenses da UPF. Depois, no dia 8 de setembro, por outro lado, alcançaram o topo do pódio em 2024 ao conquistarem o Campeonato Municipal pelo segundo ano consecutivo.

Na visão do treinador, o título do Citadino e a presença na grande final dos JUGs, são muito importantes para elevar a qualidade de preparação do elenco para o próximo desafio. “O Estadual é uma competição com um nível maior, até no quesito profissional. Os treinadores têm que ter vínculo com o Conselho Regional de Educação Física, os fisioterapeutas têm que ter vínculo com Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O auxiliar não precisa ser formado, mas é necessário apresentar que está cursando Educação Física. Essas coisas aumentam o nível das equipes”, constatou o comandante.

Lorenzo Laporta, treinador da equipe feminina da UFSM e coordenador do projeto de voleibol da Universidade (Foto Luiza Mielke/Voleibol UFSM)

Além de técnico, Laporta é docente do CEFD e é coordenador do projeto de voleibol da UFSM, que inclui também um esquadrão masculino. Ele conta que, em um momento de sua carreira, já graduado em Educação Física, foi morar em Portugal para fazer mestrado e doutorado e, no país, trabalhou em times de diferentes categorias da modalidade – desde o introdutório “mini vôlei” à divisão adulta. De volta ao Brasil, lecionou na UFRGS, em Porto Alegre, até ser aprovado na instituição santa-mariense.

O treinador seguiu os passos do pai, professor da mesma área, que tem passagens por diferentes equipes e escolas da cidade, tendo participado também do Estadual da FGV. À frente do grupo, o comandante trabalha com três filosofias: coletividade, esforço e resiliência. Tecnicamente, ainda há a adição de dois fatores, que não devem ser esquecidos: agressividade nas partidas e uma base sólida para que o resto do plano possa funcionar.

Maria Eugênia é uma das atletas mais experientes do plantel, tendo iniciado no voleibol em 2013, aos 10 anos, nas categorias de base do Clube Recreativo Dores. Em 2015, começou a defender a AVF, agremiação que disputava o Campeonato Estadual nas categorias mirim, infantil e infanto. Ela permaneceu até 2020, quando deixou o clube para focar nos estudos. Nas temporadas de 2017 e 2018, ainda, a ponteira teve a oportunidade de representar o Rio Grande do Sul no Campeonato Brasileiro de Seleções.

A caminhada na UFSM começou apenas em 2022 visto que, em 2021, quando foi aprovada no curso de Fisioterapia, a pandemia proibiu que as aulas e as atividades presenciais acontecessem. “O vôlei sempre foi muito importante na minha vida. É um ambiente onde me sinto ‘em casa’. No início daquele ano, acredito que no mês de abril, entrei no time e comecei a fazer parte do projeto”, relembrou.

Maria Eugênia Tólio, capitã e ponteira da equipe feminina da UFSM, com passagens pela Seleção Gaúcha (Foto Luiza Mielke/Voleibol UFSM)

Segundo a veterana, embora jovem, jogadora, a equipe teve uma evolução exponencial, “em níveis absurdos”, tanto em relação ao desempenho das integrantes do elenco quanto à organização e ao trabalho realizado pela comissão técnica. Ela ressalta que a união é um dos pontos fortes das gurias da Federal, mas acredita que a intensidade do grupo também faz parte do processo. “Independente do campeonato, do jogo, da fase, esses são os princípios que nos fazem fortes e visamos buscar eles sempre durante os treinos e jogos, afinal sabemos que precisamos deles para chegar onde queremos”, afirmou Maria Eugênia. 

Família

O esporte de alto rendimento “não profissional” exige dos atletas algo além da qualidade tática: tempo. A capitã explica que, no início do ano, as metas para a temporada foram traçadas e a noção de que seria necessário muito esforço sempre conviveu com o plantel, desde então. “Os resultados vêm da nossa luta diária. Todas abrem mão de alguma coisa para estar ali, seja o período de descanso do trabalho ou o dos estudos”.

Maria Eugênia conta que as integrantes do grupo amam o voleibol e, acima disso, amam a família que formaram na equipe da UFSM. “O que construímos ao longo desses mais de dois anos vai muito além das quadras. Juntas, ralamos o joelho no chão, brigamos quando necessário, sentimos diversas dores, mas também somos força e apoio nos dias e nas fases difíceis. Não largamos a mão uma da outra nunca e, desse modo, falamos que nosso time é um ‘lar’ independente do lugar que estivermos”, assegurou.

Presente desde o início do projeto que, nesta semana, estreia pelo Campeonato Estadual da FGV, a líder das santa-marienses reitera: “orgulho é a melhor palavra para definir o que sinto. Tenho orgulho de toda a nossa trajetória até aqui, de todo trabalho que a gente vem fazendo para atingir os objetivos determinados”.

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