Por Maiquel Rosauro
Rodrigo Decimo (PSDB) ou Valdeci Oliveira (PT). Um deles será o novo prefeito de Santa Maria a partir de 2025. Em teoria, o petista tem a seu favor uma tradição que já dura 32 anos na política santa-mariense e que, desde anos de 1970, teve apenas uma única exceção.
Desde que José Haidar Farret (PDS) foi eleito para o seu segundo mandato ao Executivo, em 1992, os santa-marienses sempre elegem como prefeito um candidato que tem no seu currículo passagem pela Câmara de Vereadores. Farret havia atuado no Parlamento entre 1969 e 1972.
Foi também assim com todos os prefeitos seguintes: Osvaldo Nascimento da Silva (PTB), o próprio Valdeci, Cezar Schirmer (MDB) e o atual chefe do Executivo, Jorge Pozzobom (PSDB). Antes de ocupar o sétimo andar do Centro Administrativo, todos tiveram passagem pelo Casarão da Vale Machado.
Valdeci, por exemplo, foi vereador entre 1989 e 1992. Na Prefeitura, o petista atuou durante duas gestões, entre 2001 e 2008. Decimo, por sua vez, estreou na política em 2020, quando se elegeu vice-prefeito na chapa liderada por Pozzobom.
Nos últimos 52 anos, apenas uma vez o prefeito eleito não teve passagem anterior pela Câmara. Trata-se de Evandro Behr (PDS), que governou Santa Maria entre 1989 e 1992.
A tendência de eleger como prefeito candidatos que foram anteriormente vereadores começou com Arthur Marques Pfeiffer (Arena), quando ele venceu o pleito de 15 de novembro de 1972. Ele já havia sido vereador nos anos de 1960 e retornou ao Legislativo na década de 1980 (confira na tabela abaixo).
Lamentalvelmente ‘tradição’ não se traduz em votos.