O FUTURO. Decimo terá de abrir seu governo, se for atender a todos os que se aliaram no segundo turno

Por Claudemir Pereira / Editor do Site

Nem bem as urnas mostraram a vitória (e sua dimensão), e já começaram as especulações sobre a formação do futuro governo santa-mariense, que assume em 1º de janeiro.

Até que se anuncie o novo primeiro escalão (sim, esta é uma preocupação do entorno, talvez até mais que aos eleitos), o tititi se instalará. Mas, para além da fofocaiada e da tentativa de cavar um lugar no próximo governo, é fato que algumas situações se criram e são óbvias.

A primeira delas, e mais importante, do ponto de vista político, é que a futura gestão, não obstante as ideias pessoais do prefeito eleito Rodrigo Decimo, terá de se ampliar, em relação à atual. Para começar, haverá espaço, hoje inexistente, para o PP de Pablo Pacheco e Lucia Madruga. Em que medida, não se sabe. Mas haverá.

Já contam com espaço os vereadores reeleitos do MDB e o Republicanos. O próprio PSDB passará a exigir mais do comandante do Executivo, a começar por suplentes bem votados na disputa à Camara. O PL, não obstante o fato da presidente Roberta Leitão não ter sido exatamente uma presença ostensiva na campanha, tem dois vereadores atuantes. Eles serão recompensados pelo apoio franco na segunda etapa do pleito?

E ainda há outras duas incógnitas. Uma é o Novo, com um vereador e que contou com a adesão entusiasmada do candidato a prefeito Giuseppe Riesgo. Desinteressada, se diz. Mas o voto do edil novista virá naturalmente para o governo, é o que se imagina. A outra é o “neutro” PDT, que tem cargos no governo hoje, via indicações de Luci Duartes. Terá também no próximo governo?

São todas questões a ser resolvidas. E em nome da governabilidade e da tranquilidade no novo Legislativo, haverá uma inevitável reengenharia, com a abertura de espaços para os recém-aliados. Em que medida? Não demora se saberá.