Governo. Lula empossa líderes no Parlamento. Dois senadores do PMDB, um deputado do PTB
Eram, até aqui, todos interinos. A começar pelo gaúcho Beto Albuquerque, do PSB, na Câmara dos Deputados. Ele substituía Arlindo Chinaglia, do PT, desde que este assumiu a presidência da Casa. Segundo todos os indícios, o socialista gaúcho acabará na secretaria dos Portos e Aeroportos, com status de ministro. No lugar dele, como líder do governo, estará o petebista José Múcio, de Pernambuco.
Múcio foi empossado no final da tarde desta quinta-feira, pelo Presidente da República. É um dos beneficiários do ecumenismo lulista, pois faz parte de um dos partidos da coalizão. Mas, certamente, na solenidade vespertina no Palácio do Planalto, esteve longe de merecer as maiores atenções do chefe.
Na verdade, em função das circunstâncias últimas, com o desfecho da sucessão na direção nacional do PMDB, e com o declarado descontentamento dos senadores Renan Calheiros e José Sarney, que defendiam a candidatura do renunciante Nelson Jobim, Luiz Inácio Lula da Silva se preocupou muito mais com os peemedebistas do que com o deputado do PMDB.
E foi assim. O tempo inteiro, ou quase todo. Lula se dirigiu especialmente a Sarney, pai da nova líder do governo no Congresso, a senadora Roseana Sarney, do Maranhão. E também ao peemedebismo em geral, pois Romero Jucá, do PMDB de Roraima, será o representante do Presidente no Senado.
Na nota a seguir, que você lerá mais acima, trato especificamente da questão Jobim x Temer, com ênfase para a representação gaúcha do PMDB. Agora, convido à leitura da reportagem de Gabriela Guerreiro, da Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo. Ela escreve sobre o encontro político desta quinta, no Palácio do Planalto. Confira:
Lula empossa novos líderes do governo no Congresso com afagos ao PMDB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta quinta-feira os senadores Roseana Sarney (PMDB-MA) para a liderança do governo no Congresso e Romero Jucá (PMDB-RR) para a liderança do governo no Senado, além do deputado José Múcio (PTB-PE) como líder do governo na Câmara dos Deputados. As lideranças foram escolhidas pelo presidente em meio às negociações da reforma ministerial.
Lula procurou acomodar aliados considerados estratégicos para o governo no Congresso, como o PMDB e o PTB. O governo teme perder o apoio de parte do PMDB depois do racha na legenda provocado pela desistência de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), de concorrer com o deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência do partido.
A escolha de Roseana para a liderança do Congresso foi interpretada por diversos peemedebistas como uma maneira de retomar o diálogo com o grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) – que não esconderam a insatisfação com o apoio de Lula a Temer, manifestado com a indicação do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para o Ministério da Integração Nacional, o que causou a desistência da candidatura de Jobim.
Na cerimônia de posse dos novos líderes, Lula rasgou elogios aos parlamentares e a Sarney – que acompanhou da primeira fila a posse dos líderes, mesmo com os recentes atritos com o Palácio do Planalto. O presidente mencionou por duas vezes o nome de Sarney e arrancou risadas do senador ao comentar que ele já está de “cabelos brancos” após aperfeiçoar por tantos anos o debate político no Congresso.
“As pessoas podem nunca ter visto a Roseana, mas conhecem a luta política dela. O Jucá, as pessoas também podem não conhecê-lo, mas sabem o líder que foi. E o Múcio, quem convive com ele sabe das suas qualidades políticas”, disse Lula
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