
Por Maiquel Rosauro
A cerimônia de diplomação dos eleitos no pleito de outubro, em Santa Maria, contou com um silencioso protesto da vereadora eleita Alice Carvalho (PSol) durante a execução do hino rio-grandense. Ela permaneceu sentada enquanto as demais pessoas presentes estavam em pé.
“O trecho do hino do Rio Grande do Sul que diz “povo que não tem virtude, acaba por ser escravo” coloca sobre os povos escravizados, no caso negros e negras, a culpa por uma condição imposta pelas elites da época. Na verdade, povo que não tem virtude, acaba por escravizar!”, postou Alice no Instagram.
Ela ainda destacou que questionar o hino é fundamental para evidenciar a história dos povos negros e indígenas.
“Infelizmente, boa parte do imaginário e da cultura gaúcha se construiu sobre o apagamento da história do povo negro e dos povos indígenas que povoavam esse território muito antes da chegada de colonizadores e imigrantes europeus. Questionar o hino é deixar evidente que não permitiremos que a história desse estado siga sendo contada sem a nossa participação ou nos relegando à subalternidade”, publicou Alice.
Cesma
Um fato raro ocorreu na sessão de quinta-feira (19), a última do ano, na Câmara Municipal de Santa Maria. Após dois anos, o plenário voltou a aprovar um projeto de lei do vereador Werner Rempel (PCdoB). Trata-se do PL 9853/2024, que considera de Utilidade Pública Municipal a Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma).
Esse foi apenas o quinto projeto de lei apresentado por Rempel em toda a legislatura 2021-2024.
Está certíssima a nobre vereadora, parabéns.
Questão do hino é simplesmente a apropriação de uma parte da militancia de esquerda de um movimento. Obviamente o direito de expressão é garantido, mas não o direito de controlar o comportamento da maioria. Escravidão não é algo que começou com os negros e nem terminou com eles. Existem perto de 50 milhões de escravos atualmente no mundo (fonte Anti Slavery International) incluindo não só trabalhos, mas também casamento forçado. Isto não parece preocupar a militancia.
Proposta é do Rempel, mas a redação final é do Juba. Falta achar um jornalista que coloque na materia quais sãos as consequencias de virar utilidade publica municipal.