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ESTADO. PDT do Rio Grande do Sul projeta desafios da legenda para próximos anos em seminário

Debates analisaram rumo ideológico do tradicional partido

Legenda realizou encontro estadual para reflexão a partir dos resultados eleitorais. Foto Fabiano do Amaral / Correio do Povo

Por Diego Nuñez / Correio do Povo

As eleições terminam e seus reflexos passam a ser imediatamente observados. Após conhecidos os resultados das urnas no pleito municipal deste ano, o PDT gaúcho convocou um seminário, realizado entre a sexta-feira e este sábado, para refletir sobre o desempenho nas disputas por câmaras e prefeitura e sobre o futuro do partido.

Na Câmara Municipal de Porto Alegre, os principais quadros da sigla no Estado participaram de uma imersão no presente e na história pedetista, com várias reuniões em eixos temáticos considerados prioritários, para iniciar um novo ciclo após as eleições.

Dentre os eixos que conduziram o seminário, estão ampliação da base partidária; comunicação e estratégia; política de alianças e reforma partidária; finanças partidárias; e planejamento e organização partidária.

O pano de fundo desses debates, porém, foi o rumo ideológico do PDT, o choque de gerações que ocorre internamente na legenda e a preparação para o novo ciclo eleitoral, mirando o pleito geral de 2026.

Trabalhismo de centro
O PDT caminha rumo ao centro, buscando se afastar dos polos ideológicos e se reconectar com o trabalhismo. Lideranças do partido entendem que os campos da direita e da esquerda já estão “ocupados” e que o grande vencedor das eleições 2024 foi o centro.

O debate ideológico também envolve um choque geracional. Novos quadros da juventude do partido tomaram a fala durante o seminário para cobrar posições mais claras do PDT em temas nacionais, bem como para criticar alianças com o PL de Jair Bolsonaro, mas também com o PT de Lula.

Evitar ser “puxadinho da extrema-direita” ou “puxadinho do PT” foram expressões que se repetiram ao longo das manifestações.

“Os jovens estão muito mais ligados ao trabalhismo antigo, às vezes, do que os próprios (quadros) mais antigos”, reflete Romildo Bolzan Júnior, presidente estadual recém eleito para voltar à prefeitura de Osório.

“O partido é de centro-esquerda. Ocasionalmente há a necessidade de alianças. Mas o partido tem um legado trabalhista de centro-esquerda. Se há uma corrente política em todos os segmentos políticos do Brasil, é o trabalhismo. Acho que o termo correto seria humanista”, discorreu.

“Essa polarização prejudica: 58% do povo brasileiro não quer nem Lula, nem Bolsonaro. Temos que caminhar com uma política de alianças com o centro, porque a esquerda está ocupada e a direita também. Temos que compor com o centro, que foi o grande vencedor da eleição”, afirmou o secretário Gilmar Sossella, titular da pasta do Trabalho no governo Eduardo Leite (PSDB).

O PDT também faz parte do governo Lula, a nível nacional, e conta com alianças com o PL em alguns municípios gaúchos. Questionado se não faltaria maior clareza ideológico, Romildo afirma que “Estar no governo Leite não quer dizer nada. Estar no governo do PT não quer dizer nada. O que importa são os legados”.

Ao se posicionar contrário à escala de trabalho 6×1, e ressaltando que é autor da proposta para uma escala 5×2, o deputado federal Pompeo de Mattos reflete: “Como diria Alberto Pasqualini, trabalho e capital são como irmãos siameses: um não vive sem o outro. Eu digo que trabalho e capital são da mesma família. O trabalho é o pai, que vem primeiro, e o capital é o filho”

Para ele, o choque de gerações é natural. “Em toda a sociedade (está havendo choque de gerações). É natural. Esses embates nos fortalecem”, opina.

CLIQUE AQUI para ler a matéria completa no site do Correio do Povo

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