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Dia do Pajador Gaúcho – por João Luiz Vargas

Em 30 de janeiro de 2000, o Rodeio Internacional de Vacaria realizou um espetáculo em homenagem a Jayme Caetano Braun, que havia falecido em 08 de julho de 1999.

Este show contou com participações de José Curbelo (Uruguai), Manuel Rosa -El Brujo (Argentina) e diversos brasileiros, entre eles Glênio Fagundes, Paulo de Freitas Mendonça, Pedro Junior da Fontoura, Arabi Rodrigues, Jadir Oliveira, José Estivalet, Dorval Dias, Romeu Weber, Wilson Araújo, Adriana Braun, Valdemar Camargo, Liliana Cardoso, Paulo Martins, Loresoni Barbosa, entre outros.

Ao encerrar o espetáculo com aplauso de uma plateia de cerca de 5 mil pessoas, Paulo de Freitas Mendonça foi ao microfone e proclamou 30 de janeiro, Dia do Pajador Gaúcho, por ser a data de nascimento de Jayme Caetano Braun.

Posteriormente, Mendonça sugeriu ao então deputado estadual João Luiz Vargas, a criação de um Projeto de Lei que legitimasse a data, o que foi imediatamente encampado por Vargas.

O PL foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa e no dia 16 de outubro de 2001, foi sancionada a Lei nº 11.676 pelo então governador Olívio Dutra, conterrâneo e amigo pessoal de Braun.

Na época, Eraci Rocha ocupava o cargo de Presidente do IGTF (Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore) e Luiz Marques, o de Secretário de Estado da Cultura.

O Dia do Pajador Gaúcho foi ratificado pela Lei nº 15.950 de 09 de janeiro de 2023, permanecendo vigente como uma merecida homenagem a Jayme Caetano Braun, o pajador pioneiro do Rio Grande do Sul, considerado por seus seguidores como o decano dos pajadores.

No ano passado, numa palestra em São Luiz Gonzaga, nas comemorações do centenário do nascimento de Braun, Paulo de Freitas Mendonça sentenciou: “a melhor forma de preservar a memória de um artista é prestigiar sua arte” e, complementou, “enquanto a pajada for reconhecida, a memória de Braun será vigente”. Mendonça também alertou que prestigiar os novos pajadores também é uma forma de preservar a memória de Braun, porque como ele mesmo ressalta em sua obra “ninguém é mestre se não tem aluno”.

Jayme Caetano Braun é eterno em sua obra e no Dia do Pajador Gaúcho.

*João Luiz Vargas, ex-prefeito de São Sepé, ex-deputado, ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado).

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