Da Assessoria de Comunicação Social, da Delegacia da Polícia Federal em Santa Maria (*)
“A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9/1), a operação Doação de Constantino, com o objetivo de reprimir a produção de fake news nas eleições de 2024 no município de Santa Maria/RS.
Durante a ação, policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão em face de um homem supostamente envolvido com os fatos. A ordem judicial foi deferida pelo Juízo Eleitoral de Garantias competente no âmbito do município de Santa Maria.
Conforme apurado pela investigação, houve a produção e divulgação de um vídeo com informações inverídicas e caluniosas durante a campanha eleitoral do ano passado. A busca desta manhã visa identificar quem teria produzido e divulgado tal vídeo, além de outros envolvidos.
A investigação policial apura, além da prática de fake news eleitoral, os crimes de calúnia eleitoral e usurpação de função pública. As penas, se somadas, chegam a 5 anos de prisão.”
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(*) Acréscimos do Editor: o nome do alvo da Operação não foi divulgado pelos federais. No entanto, o caso, conforme texto assinado pelo repórter Humberto Trezzi, no portal GZH, trata de apuração sobre “vídeos exibidos em redes sociais, que acusavam candidato do PT à prefeitura, Valdeci Oliveira, de se beneficiar de doações de ministério que era comandado pelo gaúcho Paulo Pimenta. As imagens são consideradas montagens com fatos inverídicos e descontextualizados”.
A reportagem de Trezzi traz outras informações, inclusive detalhes sobre os vídeos divulgados e que mostravam “seis caminhões dos Correios usados para transportar donativos, fiscalizados por agentes municipais de trânsito. Os veículos teriam entregue cestas básicas, fraldas e roupas a uma entidade presidida por um assessor de uma vereadora petista. O vídeo fala que ninguém da Secretaria de Assistência Social do município foi avisado a respeito. ‘Era uma doação secreta, comprada com dinheiro público e acertada apenas entre a companheirada do PT… Esse esquema é para beneficiar quem? A gente já sabe’, encerra a locução, com imagem do candidato petista Valdeci e do ministro Pimenta.”
Ao repórter de GZH, o ex-ministro declarou: “deram a entender que era algo clandestino. Pior que isso: um dos envolvidos na filmagem se passou por servidor público, fiscal do ICMS, para poder examinar uma carreta com os donativos. Uma fraude. Espero o que todo esse episódio seja esclarecido e os envolvidos nesse crime sejam identificados e punidos exemplarmente. Violar uma carga de um caminhão dos Correios é o mesmo que violar uma correspondência. É um crime federal cometido com interesse eleitoral. É um fato muito grave”
VALDECI: a assessoria de imprensa do deputado estadual, e então candidato a prefeito, divulgou material no fim da tarde desta quinta-feira.
O petista pediu que “as investigações realizem uma apuração aprofundada dos fatos para identificação dos responsáveis e dos mentores do crime”. Valdeci lembrou que uma montagem de vídeo – que atacava a sua candidatura e associava ela a uma doação de alimentos e de roupas considerada “secreta” – foi espalhada para parte significativa da população da cidade por meio de mensagens no WhatsApp. “Eu fui diretamente atingido pelas mentiras e pelas montagens de vídeos. Esperamos que a Polícia Federal faça todo esforço possível para apurar quem cometeu esses crimes, os que articularam e os mandantes disso. De forma alguma, estamos questionando o resultado eleitoral. Isso já passou. Mas a mentira, a calúnia e a difamação não podem ficar impunes”, enfatizou o deputado, que, nesta semana, tirou alguns dias de férias junto com familiares.
“Que todos os responsáveis sejam punidos, sejam eles quem forem”, assinalou o deputado.
OUTRO LADO: quem também se manifestou foi a coligação “Todos por Santa Maria”, vitoriosa no pleito de outubro passado. A aliança PSDB/PP/PSD/PSB/Republicanos enviou uma nota ao jornal Zero Hora. Nela, conforme o portal GZH, afirma que “desconhece quaisquer fatos relacionados com possíveis notícias falsas envolvendo os donativos transportados por caminhões a serviço dos Correios. À época, em razão da notoriedade que o fato tomou, a Coligação apenas o relatou na forma da lei ao Ministério Público Eleitoral para apuração”.
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