
Por Maiquel Rosauro
O terceiro trimestre do ano está quase concluído e o governo de Rodrigo Decimo (PSDB) segue desfalcado em seu primeiro escalão. Os vereadores santa-marienses Luiz Carlos Fort (PP) e Adelar Vargas (MDB), anunciados em dezembro como futuros secretários municipais, ainda não assumiram os cargos. Enquanto isso, as pastas seguem sob comando de interinos.
Fort, então vereador eleito, foi anunciado pela Prefeitura – em 23 de dezembro – como secretário de Serviços Públicos. No entanto, ele não deve assumir o cargo neste semestre.
“Eu falei em fevereiro, para o prefeito, que queria aprovar alguma lei referente ao autismo (na Câmara) e, de fato, já protocolei dois projetos e alguns sobre acessibilidade”, explica Fort.
Até o momento, o parlamentar já protocolou cinco projetos de lei, sendo três diretamente relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
São eles: PL 9894/2025 (prioridade de matrícula para alunos com TEA em escolas municipais próximas às suas residências ou ao local de trabalho de seus responsáveis), PL 9897/2025 (permissão para que pessoas com TEA ingressem e permaneçam em qualquer local, público ou privado, portando alimentos para consumo próprio e utensílios de uso pessoal) e PL 9898/2025 (desobriga pessoas com TEA a usarem uniforme escolar, na rede pública ou privada, quando este for incompatível com suas sensibilidades sensoriais).
As outras duas matérias já protocoladas por Fort são: PL 9892/2025 (determina que as unidades de saúde públicas e privadas ofereçam leitos separados para as mães de natimorto e mães com óbito fetal) e PL 9918/2025 (institui o Dia Municipal da Endometriose no Calendário Oficial de Eventos, a ser celebrado em 13 de março).
O interesse pela área da saúde acompanha Fort desde sua graduação em Direito na Faculdade Palotina (Fapas). No final do ano passado, ele apresentou seu trabalho de conclusão de curso (TCC), intitulado “Dificuldades do Poder Público em cumprir o direito do indivíduo com autismo à acessibilidade”. Sua defesa recebeu nota 10 da banca avaliadora.
Além disso, outro motivo que mantém o vereador ainda longe de assumir o cargo na Prefeitura é a proximidade da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), exame que avalia os conhecimentos jurídicos de quem pretende exercer a advocacia.
“Então, eu iria (para a Prefeitura) só no segundo semestre. Estou estudando para fazer a prova da OAB”, explica Fort.
Enquanto o parlamentar permanece no Legislativo, Rui Fabrin está interinamente à frente da Secretaria de Serviços Públicos.
Sem previsão
O vereador Adelar Vargas foi anunciado como secretário de Resiliência Climática e Relações Comunitárias em 30 de dezembro. Porém, ao contrário de Fort, que projeta se licenciar da Câmara a partir de julho, o emedebista informa que – por enquanto – não deverá deixar o Parlamento.
“Neste momento, não irei assumir a função de secretário e vou seguir na Câmara, em nosso mandato”, afirma Vargas.
A intenção de seguir no Legislativo, segundo o vereador, deve-se a questões de saúde. Um exame de ressonância magnética, realizado no início de dezembro, constatou um quadro de degeneração da coluna lombar.
“Preciso fazer consultas periódicas, além de um possível procedimento. Desta forma, não teria condições, neste momento, de entregar tantas atividades que são necessárias nesta importante pasta para a cidade”, reflete Vargas.
Enquanto o vereador segue atuando na Câmara, a Secretaria de Resiliência Climática e Relações Comunitárias é administrada interinamente por Edson Roberto das Neves Junior.
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