Unificação das eleições: um avanço ou um retrocesso? – por Fernando Silveira de Oliveira

Sempre que estamos no período de véspera das eleições gerais, o Congresso Nacional se articula com o objetivo de alterar as regras do processo eleitoral, quase sempre com o objetivo de facilitar a permanência dos mandatários em seus cargos com a busca por reeleição. Algumas mudanças necessárias, outras que nem os próprios parlamentares conseguem explicá-las as suas bases. Também é verdade que algumas propostas são balões de ensaio, que dificilmente vão encontrar respaldo para prosseguirem. Mas no meio de muitos embates, uma proposta sempre é lembrada por alguns parlamentares, a de unificação das eleições, cabendo ao eleitor escolher na mesma eleição o vereador e o presidente da República.
Dentre os defensores de tal tese, está o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, Senador Otto Alencar (PSD/BA). Dentre os argumentos, a economicidade do processo eleitoral e a alegação de que os trabalhos legislativos param a cada dois anos em função das eleições. No papel, dois projetos que pautam tal proposta se destacam, a Proposta de Emenda à Constituição nº 19 de 2020, de autoria do Senador Wellington Fagundes (PL/MT) e o Projeto de Lei Complementar nº 112 de 2021 de autoria da Deputada Soraya Santos (PL/RJ).
O que parece no papel ser algo compreensível, dando a entender ser um avanço, na verdade, é um dos maiores retrocessos propostos sobre as alterações do Código Eleitoral Brasileiro dos últimos tempos. A unificação das eleições limita o protagonismo necessário que cada pleito merece e precisa ter. Não é compreensível que o debate sobre o dia a dia dos municípios seja suprimido pelas discussões que envolvem as disputas ao Palácio do Planalto e aos governos estaduais. Um alinhamento inconsequente de candidatos a vereador e a prefeito com o candidato a presidente A ou B é mais um dos riscos que assombram essa proposta. Já vivenciamos essas consequências com aventureiros que buscam nadar na popularidade dos presidenciáveis para se elegerem a deputado estadual, federal e senador, sem o preparo mínimo exigido para exercerem tais funções. Precisamos discutir formas de avançar em relação a ampliar os debates sobre os problemas da cidade em uma eleição municipal, e aos problemas dos estados e do país nas eleições gerais, não retroceder unificando e suprimindo as discussões. Democracia é debate, não coro.
(*) Fernando Silveira de Oliveira, advogado sócio do Jobim Advogados Associados, consultor de empresas, pós-graduado em Direito Administrativo e Gestão Pública pela Fundação do Ministério Público – RS e vereador reeleito de Santiago – RS.
Resumo da opera. Sistema não importa muito. Se as pessoas que se dedicam a politica não forem as mais capazes não tem como ‘dar certo’. Não importa se for esquerda ou direita. No mais é o Gattopardo. As coisas têm que mudar para que continuem a mesma coisa.
E o Reino Unido? Bocó que serve de PM anunciou 6 bilhões de libras para ajudar a Ucrania. Cobertor curto, a ‘Ministra do Desenvolvimento’ pediu a conta e saiu atirando. Dinheiro tem que sair de algum lugar, Africa, Caribe e Balkans ficarão com menos dinheiro e a Russia está la também.
Bom lembrar a Comunidade Europeia, queriam copiar aqui no ‘Mercosur’. Presidente da Comunidade Europeia é eleito indiretamente. Atualmente o cargo é de Ursula von der Leyen, médica. Casada com um nobre alemão. Filha de politico. Acusada de corrupção num caso de contratação de ‘consultores’. Cometeu plagio na tese de doutorado, mas ‘não foi intencional’. Noutro dia anunciou 800 bilhões de euros para o rearmamento/defesa da Europa. Sem prazo, nem fonte de recursos. Explicitando afirmou que se todos os paises aumentassem em 1,5% do PIB na media resultaria em 650 bilhões. Mas os paises teriam que arrumar mais 150 bilhões. Ou seja, enrolação.
Qual o busilis do semipresidencialismo? Populacho vota no presidente que seria responsavel pela politica externa do pais. Ou seja, uma figura decorativa, Brasil é um anão diplomatico. O ‘primeiro ministro’ sairia da tigrada, um Motta, um Lira, um Maia ou um Eduardo Cunha. Até mesmo um Severino Cavalcanti. Pais iria mudar de nome, seria o Centrãoquistão.
Há conversas sobre semipresidencialismo. Sistema parecido com o frances. Mas lá os senadores tem mandatos de 6 anos, renovando metade a cada tres. Para o Senado a eleição é indireta, um colegio eleitoral. Deputados têm mandatos de 5 anos, eleição em dois turnos. ‘Camara dos deputados’ é sujeita a dissolução. A dita Camara chamada Assembleia Nacional também pode dissolver o governo por meio de voto de desconfiança. Por isto o Primeiro Ministro tem que sair de uma maioria na Assembleia. Pergunta: estão bem por lá? Não. Não existem votos para derrubar o Macron, mas ele está muito enfraquecido politicamente.
Na Ianquelandia os ‘deputados federais’ são eleitos para mandatos de dois anos. Os senadores são eleitos para mandatos de 6 anos, renovando um terço a cada dois. Resolve? Sistema lá está tão ou mais podre que o tupiniquim.
Outra proposta que andou sendo desengavetada é o voto distrital misto.
Problema então seria aumentar a confusão e utilizar uma eleição para cortina de fumaça da outra.