Afinal, o que é ter saúde? – por Luís Henrique Kittel
“Valorizar as conquistas, sem perder de vista o que ainda precisa melhorar”

Celebramos o Dia Mundial da Saúde em 7 de abril, e nesta semana fica a reflexão: o que realmente significa ter saúde? Mais do que uma simples data no calendário, esse é um momento de reflexão.
A palavra saúde possui diversas conotações, como, a ausência de doença ou um estado de bem-estar físico, mental, emocional e social. Também, um sentimento de acolhimento, ter acesso aos serviços quando necessário e ser bem atendido. É levantar da cama com disposição. É sentir-se bem com o próprio corpo, cuidar da mente, alimentar-se com consciência.
Nesse cenário, é impossível não reconhecer o papel dos avanços na saúde pública de Agudo nos últimos anos. Desde a resposta exemplar à pandemia, com vacinação eficiente, protocolos bem estabelecidos e medidas seguras de flexibilização, até a ampliação do quadro de profissionais, com a chegada de novos médicos e a intensificação de atendimentos nas áreas de psicologia, nutrição, enfermagem e odontologia.
Saúde é, sobretudo, prevenção
Mas pensar a saúde como um processo contínuo de prevenção e promoção do bem-estar é reconhecer a importância de iniciativas que vão além do modelo tradicional de cuidado. Nesse sentido, destacamos a criação do Espaço SER – Saúde, Equilíbrio e Reabilitação, um centro voltado às práticas integrativas e complementares em saúde, que tem transformado a forma como a população de Agudo cuida do corpo, da mente e das emoções.
Desde sua inauguração em 2022, o Espaço SER já ultrapassou a marca de 7.500 atendimentos, consolidando-se como um importante avanço na promoção de uma saúde mais humana, acolhedora e preventiva. O local oferece gratuitamente terapias como auriculoterapia, reiki, yoga, fitoterapia e grupos terapêuticos de autocuidado, evidenciando a eficácia dessas práticas no fortalecimento do SUS e na melhoria da qualidade de vida da população. Muitos usuários relatam melhoras significativas em quadros de ansiedade, depressão, dores crônicas e distúrbios do sono, além de um maior senso de valorização e pertencimento à comunidade em que vivem.
Os entraves não podem ser regras
É hora de valorizar as conquistas, sem perder de vista o que ainda precisa melhorar. Por isso, faço um apelo: é urgente que os governos estadual e federal olhem com mais sensibilidade – o peso não pode ficar apenas para os municípios – que assumem grandes responsabilidades com orçamentos limitados.
A saúde pública precisa de mais recursos, investimentos estruturantes e políticas que fortaleçam a ponta – onde o cuidado acontece. Embora tenhamos avançado, é fundamental ampliar a flexibilidade no uso dos recursos de custeio e desburocratizar sua aplicação, especialmente para áreas sensíveis, como exames e consultas especializadas.
Não podemos seguir reféns apenas das regulações do SUS. Os municípios precisam de mais autonomia financeira e apoio real para responder com agilidade às demandas da população. Quando o cuidado é prioridade, os entraves não podem ser regra – precisam ser superados.
Em Agudo, seguimos cuidando da saúde com seriedade, planejamento e, acima de tudo, com respeito às pessoas. Afinal, saúde é vida. E viver bem é o maior presente que podemos dar a nós mesmos.
(*) Luís Henrique Kittel, 39 anos, é jornalista formado pela então Unifra, atual UFN). É prefeito reeleito do município de Agudo (o único do PL na região), foi vice-presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia e atualmente é vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Central (AM Centro). Ele escreve no site às quintas-feiras.
Texto genérico de politico. Enrola, enrola e diz nada.