Pioneira. Pacote a parte, Yeda Crusius está, definitivamente, na história do Rio Grande
Yeda Crusius, nascida em São Paulo, mas com uma história acadêmica e política no Rio Grande do Sul, assume dia 1º de janeiro o governo do Estado. Não há dúvida dos problemas que enfrentará, antes mesmo de assumir como você verá em nota que publicarei mais adiante, mais perto do início da manhã. Mas também é correto que Yeda está na história gaúcha de uma forma definitiva: é a primeira mulher a assumir a Chefia do Executivo.
É exatamente essa condição de ineditismo, o que explora Mirella Poyastro, jornalista da Agência de Notícias da Assembléia Legislativa, em reportagem já disponível na internet. E é o que reproduzo, a seguir:
Yeda entra para a história do RS no capítulo As pioneiras
Quando Yeda Crusius tomar posse como governadora do Rio Grande do Sul, em cerimônia a se realizar às 16h do dia 1º de janeiro no plenário da Assembléia Legislativa, passará a integrar o rol das pioneiras na história da política brasileira. Ela será a primeira mulher a comandar o Rio Grande do Sul. A futura governadora já tinha inovado durante seu mandato de deputada federal pelo PSDB gaúcho. Foi a primeira parlamentar a presidir a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados (1999) e a ocupar a vice-presidência da Comissão Mista de Orçamentos do Congresso Nacional. Com isso, Yeda entra para o seleto grupo de mulheres que, desde o início do século XX, passaram a ocupar posições de destaque na política gaúcha e nacional.
Apesar da primeira mulher eleita prefeita no Brasil tenha sido uma potiguara e o fato tenha ocorrido no ano de 1928, a presença das gaúchas na vida pública aconteceu mais tarde. Somente em 1950, o Rio Grande do Sul teve a sua primeira deputada estadual: Suely Gomes Oliveira, do Partido Trabalhista Brasileiro. E foi em 1994, que os eleitores gaúchos elegeram a primeira senadora: Emília Fernandes conquistou a cadeira pelo PTB. E Yeda abre mais uma página desta história. Além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo máximo do Executivo gaúcho, sua posse acontece no sétimo ano do novo milênio.
Como tudo começou
A luta de grupos feministas pelos direitos da mulher e do voto marcou o início do século XX. A professora Deolinda Daltro (1910) fundou o Partido Republicano Feminino no Rio de Janeiro. E Bertha Lutz (1919) criou a Liga pela Emancipação da Mulher. Estas mulheres da elite brasileira encorajaram muitas outras a entrar na política. Em 1928, o Brasil ganhou sua primeira eleitora: Celina Guimarães Vianna (29 anos), da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Ela obteve na Justiça o direito de incluir seu nome na lista de eleitores.
Alzira Soriano (32 anos) tornou-se a primeira mulher eleita no País, ao vencer com 60% dos votos a disputa para prefeitura de Lages (RN), pelo Partido Republicano (1928). Seu mandato foi garantido pela Justiça até a Revolução de 1930, quando ela o perde por discordar das normas impostas pelo governo de Getúlio Vargas. Foi somente com o Código Eleitoral de 1932 que as mulheres passaram a ter direito ao voto. Desde então, a participação feminina na política vem ganhando espaço e conquistando destaque no cenário nacional.
As pioneiras
Em 1934, as mulheres intensificaram sua participação na política nacional, ano em que Carlota Pereira de Queiroz assume como primeira deputada federal, pelo Partido Constitucionalista de São Paulo. Durante seu mandato, preocupou-se com a criança abandonada, a situação da mulher, a educação e a assistência social, reafirmando sempre a confiança do País na capacidade da mulher brasileira. Carlota atuou até 1937, quando o presidente Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional.
Antonieta de Barros tornou-se a primeira mulher eleita deputada estadual pelo Partido Liberal Catarinense (1935 a 1937). Antonieta foi também a primeira negra a exercer um cargo político no Brasil. Após o período do Estado Novo, foi reeleita em 1947, desta vez pelo Partido Social Democrático.
Quintina Diniz Ribeiro (1935) assumiu uma cadeira no Legislativo de Sergipe e Maria do Céu Fernandes é diplomada a primeira deputada estadual eleita pelo voto popular no Rio Grande do Norte. E foi em 1979, que Eunice Michellis (PDS/AM) assumiu a vaga de senadora, por falecimento do titular, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo.
As 26 deputadas constituintes de 1988, apoiadas por diversas frentes feministas, conquistaram importantes avanços para as brasileiras na…
SE DESEJAR ler a íntegra da notícia, pode fazê-lo acessando a página da Assembléia Legislativa na internet, no endereço http://www.al.rs.gov.br.
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