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SEGURANÇA. Em exercício de simulação de incêndio na UFSM, prédios foram evacuados em seis minutos

Ação foi realizada no Centro de Tecnologia e teve mais de 600 participantes

Exercício aconteceu na tarde da terça, 23, e foi desenvolvido pelo Gepesci, com o apoio do INPI e Proinfra (Foto Paulo Baraúna/UFSM)

Por Marina Brignol (Com fotos de Paulo Baraúna) / Da Agência de Notícias da UFSM

Nos prédios 7 e 9, do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM, um exercício simulado de evacuação de emergência foi realizado na tarde desta quarta-feira (23), exatamente às 14h35, quando o alarme de incêndio foi disparado. A ação foi desenvolvida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Engenharia de Segurança contra Incêndios (Gepesci), em conjunto com o Núcleo de Prevenção de Incêndios (NPI), vinculado à Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra).

O exercício contou com mais de 600 pessoas participantes e incluiu algumas máquinas de fumaça para tornar a simulação mais realista. O coordenador do Gepesci, professor Rogério Cattelan Antocheves de Lima, cronometrou a evacuação dos prédios, até que não restasse mais ninguém dentro deles. A marca obtida foi de seis minutos, tempo que ele considerou adequado.

O 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Maria foi contatado com o intuito de atuar como observador da ação, especialmente dos brigadistas do CT. “Aqui é o momento de colocar em prática o treinamento de evacuação de edificação dos brigadistas, é a hora de errar”, disse o comandante do 3º Pelotão de Camobi, primeiro-tenente Sena. E ele complementa sobre o papel de exercícios de caráter prevencionista: “é importante para que as pessoas saibam como agir em eventuais ocorrências e desenvolver uma cultura preventiva. A maioria nunca participou de um treinamento assim, não sabem como se comportar”.

Pessoas com deficiência registradas no Setor de Apoio Pedagógico (SAP) foram avisadas com antecedência quanto à ação. Além disso, foi enviado um memorando ao Serviço de Emergência Universitária (Seu), cuja ambulância esteva no estacionamento do CT durante o exercício. O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública de Santa Maria (Ciosp) também foi comunicado, bem como o superintendente do Hospital Universitário (Husm), Humberto Moreira Palma, para não gerar pânico e para o caso da necessidade de atendimentos no hospital após o simulado.

Servidoras da UFSM atuaram como brigadistas, auxiliando a comunidade durante a evacuação dos prédios

“A gente procurou, com todo carinho, tentar tratar isso de uma forma o mais controlada possível”, afirmou Rogério, que é docente do Departamento de Estruturas e Construção Civil da UFSM. A formação dele inclui um pós-doutorado em Construção Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e outro em Engenharia de Segurança Contra Incêndio pela Universidade de Coimbra (de Portugal).

“A Pró-Reitoria de Infraestrutura e o Núcleo de Prevenção de Incêndios trabalham exaustivamente para a adequação dos Projetos de Prevenção de Incêndio de todas suas edificações, para se preparar e prevenir situações de incêndio, visando garantir a segurança de toda a comunidade acadêmica”, conta Mateus Leria, chefe do NPI. Por isso, o Gepesci e o NPI planejam a realização de mais ações de caráter prevencionista, de forma periódica, em outros prédios da universidade. E a intenção é, futuramente, poder expandir para a comunidade externa.

“A gente, entre aspas, está prestando uma ação social, é um projeto de extensão que pode eventualmente estar indo em algum prédio público ou privado aqui da cidade. O importante é no final da história que, se a gente conseguir com isso salvar uma vida, em algum momento da nossa existência, já valeu tudo”, completa Rogério.

O exercício simulado de evacuação de emergência já é praticado em outros países. A ideia de fazê-lo na UFSM surgiu a partir de uma viagem do diretor do CT, Tiago Marchesan, à Espanha, onde ele participou de uma simulação.

Objetivos

De acordo com o coordenador do Gepesci, a atividade de simulação tem quatro objetivos principais. O primeiro foco é capacitar a comunidade, para que estejam treinados em como deve ser feito o processo de evacuação segura de um prédio. O segundo objetivo é “trazer a cultura prevencionista para a sociedade, porque, principalmente na nossa comunidade local ou regional, a UFSM acaba sendo um fator ou uma entidade que demonstra algum caminho”, explica Rogério.

Outra intenção é a de que o exercício “fundamentalmente também tenha uma questão pedagógica”, afirma o diretor do CT. Ele acredita que as áreas de formação deste centro de ensino estão intimamente ligadas aos projetos de prevenção contra incêndios, o que corrobora para fortalecer a visão dos alunos quando chegarem ao mercado de trabalho. “Nossos alunos são os futuros engenheiros que vão estar na sociedade, fazendo os projetos, sendo responsáveis técnicos pela segurança das edificações. A partir do momento que eles têm a oportunidade acadêmica de participar de um simulado, provavelmente no futuro terão um olhar diferente para a importância que tem a segurança da edificação”, ratifica Rogério.

A comunidade se aglomerou no estacionamento do CT, onde uma ambulância ficou à disposição do público

Processo

O simulado foi a última etapa do processo de ação prevencionista do CT, elaborado pelo Gepesci. A primeira fase consistiu em um curso de formação de brigadistas para servidores técnico-administrativos e professores do CT, realizado em parceria com o NPI. A ministrante foi Janaina Steckel Retore, instrutora credenciada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) e egressa do curso de Engenharia Civil da UFSM. De forma voluntária, e seguindo as diretrizes da resolução técnica Nº 15 do CBMRS, ela instruiu 25 brigadistas. Foram ensinados procedimentos básicos e a melhor maneira de fazer a evacuação o mais rápido possível e sem pânico. Posteriormente, cada um foi designado para desempenhar uma função específica no exercício. Eles foram separados entre as saídas dos prédios e orientados a esvaziar todas as salas dos andares e cronometrar o tempo que levou para isso.

A segunda ação foi tentar capacitar de forma indireta a comunidade do CT, por meio de cards e stories no Instagram do Gepesci. Rogério comenta que foram cerca de 15 mil visualizações no perfil do projeto nos últimos 30 dias. “‘Ah, eu estou aqui sem fazer nada e olha só, aquela plaquinha verde ali está me indicando a rota de fuga’. Tu está ali rolando o Instagram e um card te chamou a atenção. Essa foi uma maneira que nós encontramos de capacitação indireta”, destaca o coordenador do Gepesci. Foi parte do processo disseminar informações relacionadas a ações prevencionistas e também de como agir em situações emergenciais.

De acordo com Mateus, “estas práticas nos possibilitam fomentar e disseminar a cultura de segurança em todas as pessoas envolvidas. Juntos somos mais fortes, a conscientização e a participação de todos são fundamentais para nossa segurança”.

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Um Comentário

  1. CT é um predio baixo. Se lembro bem, escadas amplas. Mais facil de evacuar só a Interamericana. A reitoria quanto tempo levaria para evacuar?

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