Escândalo do INSS: a falência moral do trabalhismo e a captura petista do Estado – por Giuseppe Riesgo
“Há tempos alertamos: quanto maior o Estado, maior a chance de corrupção”

Nos últimos dias, o Brasil foi sacudido por mais uma demonstração do que ocorre quando a máquina pública é sequestrada por interesses escusos: a Operação Sem Desconto revelou um esquema bilionário de fraudes no INSS. Mais de R$ 6 bilhões desviados, centenas de milhares de aposentados lesados, entidades fantasmas sugando o benefício de quem trabalhou a vida inteira. A face mais cruel do parasitismo estatal – e, não por acaso, operado sob as bênçãos e omissões do governo do PT e do velho trabalhismo encarnado no PDT.
Essa tragédia moral e financeira não caiu do céu. Ela é o resultado previsível de décadas de um modelo de Estado paternalista, corporativista e capturado. Um Estado moldado para servir à burocracia e às entidades amigas do poder, em vez de proteger os cidadãos. Um Estado onde sindicatos e associações “de fachada”, com vínculos políticos explícitos, firmam convênios com o INSS para confiscar, sem autorização, parte da renda dos aposentados.
O mais estarrecedor? O Ministério da Previdência foi avisado. O ministro Carlos Lupi, cacique do PDT e representante-mor do trabalhismo fisiológico, reconheceu que sabia das denúncias. E nada fez. Omisso? Cúmplice? A história vai julgar. O que já sabemos é que este escândalo tem impressões digitais do projeto de poder petista, que nunca hesitou em usar as engrenagens do Estado para beneficiar seus aliados.
A corrupção aqui não é apenas monetária. É moral. É a corrupção da ideia de que o Estado está a serviço do povo. É a corrupção do trabalhismo, que virou sinônimo de sindicalismo aparelhado e conluio com quem está no topo da cadeia alimentar estatal. O PDT, outrora defensor da dignidade do trabalhador, tornou-se um instrumento de perpetuação das piores práticas da política brasileira – e parceiro fiel do PT nesse projeto.
Enquanto o país sofre com filas no INSS, atrasos nos pagamentos e um rombo previdenciário crescente, descobrimos que parte da máquina estava comprometida com a pilhagem silenciosa dos mais vulneráveis. Nada disso surpreende a nós, liberais. Há tempos alertamos: quanto maior o Estado, maior a chance de corrupção. Quanto mais o Estado se mete onde não deveria, mais espaço se abre para o clientelismo e a ineficiência.
O Brasil precisa romper com esse ciclo. É urgente desmontar as estruturas que permitem essa captura. Precisamos de um Estado leve, transparente, focado no essencial – e de um governo que trate os cidadãos como adultos, e não como massa de manobra de sindicatos amigos do rei.
Chega de trabalhar para sustentar privilégios. Chega de fraudes institucionalizadas. Chega de um Estado que serve a um partido, e não ao povo.
(*) Giuseppe Riesgo é secretário de Parcerias, da Prefeitura de Porto Alegre, e ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no site às quintas-feiras.
Resumo da opera. Surpreendente é que alguém se surprenda com a corrupção no Brasil. Não há sinal de mudanças, a não ser para pior, no horizonte. Tudo ‘normal’.
Crime organizado se expande. Mas a corrupção ainda não entranhou na cultura da população. Açougueiros não cobram ‘um por fora’ às expensas do patrão para conseguir um corte de carne melhor, por exemplo. Tele-entrega idem. O exemplo que vem de cima não funciona. Ainda bem. Por enquanto.
O que se pode esperar nesta historia? Vai dar nada. Todos pagarão a conta do desvio. Afinal ‘os(as) idosos(as) não podem ficar sem o dinheiro deles’.
Previdencia, mais cedo ou mais tarde, vai ter que sofrer nova reforma. Pais se encaminha para se tornar velho e pobre. Simples assim.
Alas, CBF, antro de honestidade, tem acordo com o IDP que é conduzido por Francisco Schertel Mendes. Filho de Gilmar Mendes. Instituto de Direito Publico gera os recursos da CBF Academy. Cursos de formação no futebol. Globo e voce tudo a ver. Alas, não sei de onde saiu o Schertel, porque a esposa do ministro, Guiomar, não utiliza o sobrenome. Esta ultima é advogada e sócia do escritorio Sergio Bermudes Advogados. Tudo isto é informação publica. Maioria ‘não dá bola’.
Terceira ferramenta é o ‘flooding’. Boa e velha cortina de fumaça. Misturada com ‘narrativas orquestradas’, coisas que militancias usam além das ameaças. De repente prendem um ex-presidente. De repente surge uma camisa vermelha na Seleção. Que pode ser politicagem, balão de ensaio ou marketagem. Houve quem dissesse que o segundo uniforme da Seleção, citando fontes inverificaveis, tinha camisa vermelha no inicio do seculo passado.
A segunda ferramento é ‘atrito’. A informação esta disponivel, mas é extremamente dificil de acessar. Chineses podem acessar a internet externa, burlando o Grande Firewall. Mas tem que usar VPN, tem que trocar de VPN periodicamente, é um gasto a mais. O que seria parecido aqui? Paginas de transparencia de diversos governos. Informação pode até estar la. Mas de maneira muito pouco amigavel. Não existem estatisticas, informação é crua. Os poucos que se interessam perdem tempo.
Traz a mente também um livro. ‘Censored’ de Margaret E. Roberts. Especialista em censura na China. Que é bem mais sutil do que alguem possoa imaginar. Tres ferramentas basicas. Medo é uma delas. Pais asiatico tem um controle bastante detalhado da população. Usam o ‘social score’. Criatura ganha ou perde pontos conforme o comportamento. Quem não se conduz conforme o esperado pode ter uma licença para viajar negado. Ou um remédio pode ficar ‘em falta’. Pode não ser pessoal, quem está no estrangeiro pode causar represalias a quem ficou ‘em casa’.
Primeira observação. O escandalo do desvio de recursos para compra de respiradores durante a epidemia foi para baixo do tapete. Investigação da PF. Quase 50 milhões. Consorcio Nordeste. Chefiado pelo então governador da Bahia Rui Costa, hoje Ministro da Casa Civil. Não precisa dizer o partido. Outro envolvido Carlos Gabas. Lembra outros ‘problemas’ acontecidos na região norte que também foram para debaixo do tapete. Alas, o TCU via relator Bruno Dantas inocentou os politicos nordestinos. Bruno Dantas que já foi cotado, alguns afirma que tem ambição, para ser ministro do STF. Assim caminha a humanidade, ao menos no Brasil.