Unir o Brasil e romper com a dependência: um projeto de soberania e esperança – por Marionaldo Ferreira
Afirma o articulista. “A crise não é apenas econômica - é de projeto de país”

O Brasil atravessa um momento decisivo. As tensões políticas, o cansaço da população com promessas vazias e a dependência estrutural que se impõe sobre nossas decisões estratégicas exigem mais do que discursos ideológicos: pedem coragem para construir um novo pacto nacional. Precisamos unir o Brasil e romper com as várias formas de dependência que ainda nos prendem a um passado de submissão e desigualdade.
A crise não é apenas econômica – é de projeto de país
O Brasil é rico em recursos, tem um povo criativo e trabalhador, uma diversidade que é fonte de força, não de fraqueza. No entanto, continuamos reféns de um modelo de desenvolvimento baseado na exportação de commodities, na dependência de investimentos externos, na subordinação tecnológica e, sobretudo, na ausência de um projeto nacional soberano. Essa dependência estrutural compromete nossa autonomia e perpetua desigualdades regionais e sociais.
Além disso, a fragmentação política e a polarização estéril têm impedido a construção de consensos mínimos em torno de prioridades nacionais. A cada novo ciclo eleitoral, o país parece recomeçar do zero, desperdiçando talentos, iniciativas e recursos. É preciso romper esse ciclo.
Unir o Brasil não significa apagar as diferenças, mas reconhecer que, sem diálogo, respeito e um projeto comum, todos perdem. A união que propomos não é artificial nem conciliadora dos interesses do topo com os de baixo, mas sim uma aliança verdadeira entre as maiorias trabalhadoras, os setores produtivos, os movimentos sociais e a juventude que deseja um país com futuro.
Essa união exige lideranças éticas, comprometidas com a soberania nacional, com a redução das desigualdades e com a construção de um Estado eficiente, transparente e inclusivo. Não há democracia forte com um povo fraco, nem soberania real com um país dividido e desigual.
O rompimento com a dependência: caminhos possíveis
Romper com a dependência exige medidas concretas, corajosas e estruturantes:
Não podemos mais adiar as escolhas. O Brasil tem pressa – e o futuro começa com a coragem de se unir para mudar.
(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e tem, também, MBA em Gestão de Projetos. Seus textos são publicados nas madrugadas de segunda-feira.
Resumo da opera III. Falta pragmatismo. Idealismo atrapalha. Como disse Roberto Campos: ‘Para as esquerdas brasileiras, o socialismo não fracassou; é apenas um sucesso mal explicado.’
Resumo da opera II. Qualquer ‘análise’ sem levar em conta as restrições é inutil.
Resumo da opera. Até produzir um ‘projeto de pais’ hoje em dia é complicado. Epoca de grandes transições.
Em partidos de esquerda, PT por exemplo, existem varias ‘correntes’, ou ‘tendencias’. Umas maiores do que as outras. Numa assembleia votam e o que é ‘decidido’ é ‘acatado’ por todos. Na teoria todos trabalham para implementar o que foi votado. Na pratica é só o endosso do que já foi determinado em escalões superiores e existe quem ‘arraste os pés’ ou ‘cruze os braços’ fingindo que está ‘trabalhando’.
Exortações em textos publicados em sites que poucos tem acesso não resolvem nada.
‘Essa união exige lideranças éticas, comprometidas com a soberania nacional, com a redução das desigualdades e com a construção de um Estado eficiente, transparente e inclusivo.’ Teremos que importar lideranças de Marte. Boas intenções pavimentam o caminho para o inferno. Como disse Roberto Campos: ‘O doce exercício de xingar os americanos em nome do nacionalismo nos exime de pesquisar as causas do subdesenvolvimento e permite a qualquer imbecil arrancar aplausos em comícios.’
‘[…] mas sim uma aliança verdadeira entre as maiorias trabalhadoras, os setores produtivos, os movimentos sociais e a juventude que deseja um país com futuro.’ Receita do fascismo italiano. Mobilizar a economia do pais como se em periodo de guerra estivesse, mesmo em tempo de paz.
‘Além disso, a fragmentação política e a polarização estéril têm impedido a construção de consensos mínimos em torno de prioridades nacionais.’ Alternativa qual é? A chinesa? Fragmentação e polarização, nos niveis atuais, é fenomeno recente. Não explica o estado atual de coisas. Alas, o boom das commodities aconteceu nos dois primeiros mandatos do Rato Rouco. Oportunidades que foram jogadas fora naquela epoca entrarao na historia.
‘O Brasil é rico em recursos, tem um povo criativo e trabalhador, uma diversidade que é fonte de força, não de fraqueza.’ Muitos recursos estão em areas indigenas ou protegidas pela legislação ambiental. Logo exploração é, no minimo, problematica. Vide petroleo na foz do Amazonas. Vide novas hidrelétricas que não podem ser construidas. Povo criativo até a pagina 2, não é um monopolio. Alem disto, criatividade e ignorancia tem soma zero. Trabalhador já é piada. Pessoal aqui quer trabalhar menos e ganhar mais até ficar rico sem fazer nada. Como é a propaganda vermelha (mercado financeiro, ‘rentistas’, herdeiros). Porque dinheiro dá em arvore, mas não em todo pomar. Diversidade quer dizer nada. Paises nordicos são (ou eram) desenvolvidos e altamente homogeneos. Corea do Sul idem. Japão idem.
‘O Brasil atravessa um momento decisivo.’ Obvio que não. Momentos decisivos geralmente acontecem sem alarde e geram resultados muito tempo depois. PIB per capita do Brasil em 1980: 1900 dolares (valores arredondados). PIB per capita da Coréia do Sul em 1980: 1700 dolares. PIB per capita do Brasil em 2024: 10 mil dolares. PIB per capita da Coreia do Sul em 2024: 36 mil dolares. La aconteceu uma reforma na educação feita por um ex-ditador que foi eleito. Aqui uma constituinte. A CF88 não tinha um ‘projeto de pais’ quando surgiu?