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REGIÃO. Escritório Modelo de Engenharia, da UFSM, trabalha com a recuperação de pontes em rodovias

Projeto do Centro de Tecnologia ajudou no processo de restauração de estradas

Equipe da iniciativa trabalhou com casos reais, como projetos de reconstrução de pontes em Arroio Grande (Foto Divulgação)

Por Marina dos Santos / Da Subdivisão de Comunicação do CT da UFSM

As chuvas começaram no dia 27 de abril, ganharam força dois dias depois e assolaram o estado durante todo o mês de maio de 2024, em forma de enchentes e deslizamentos de terra. De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), as chuvas danificaram grande parte da infraestrutura rodoviária de responsabilidade estadual: dez pontes foram interditadas e mais de 8 mil quilômetros de estradas foram danificados.

Conheça o Escritório Modelo

Escritório Modelo de Engenharia é um projeto de extensão desenvolvido pelos cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia Civil. O projeto em seu formato atual existe desde 2021 e é coordenado pelo professor Almir Barros Santos com a colaboração direta dos docentes André Lubeck e Rogério Antocheves. O Escritório atua como um elo entre a universidade e a comunidade ao prestar serviços para órgãos públicos federais, estaduais e municipais, por meio da elaboração de projetos de engenharia, acompanhamento de obras, realização de cursos de capacitação, consultorias e assessoramentos técnicos. Quando os entes federados encontram dificuldades para realizar ou contratar tais atividades, podem dispor dos serviços do Escritório Modelo da UFSM.

A origem do Escritório Modelo remonta à experiência dos professores na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), entre 2006 e 2017, onde atuaram desde os primeiros anos de funcionamento da instituição. Na época, como aquela universidade não dispunha de infraestrutura administrativa e corpo técnico completos, os docentes recém-chegados acabaram por assumir múltiplas funções e aprender, na prática, como gerir obras e contratos públicos. Esse ambiente desafiador permitiu que eles acumulassem uma vivência profissional impulsionadora. A partir de 2017, quando os três professores se reencontraram na UFSM, trouxeram consigo essa bagagem.

A ideia de criar o Escritório Modelo de Engenharia surgiu a partir de uma conversa a direção do CT. A proposta era estabelecer um projeto de extensão que pudesse apoiar a Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra) na elaboração de projetos estruturais e, futuramente, atender também a órgãos públicos externos.

Após início com atendimento exclusivo para as demandas da Proinfra, especialmente na área de estruturas da UFSM, o projeto ampliou seu alcance e passou a desenvolver projetos para prefeituras e outros órgãos públicos, principalmente em municípios pequenos, onde a falta de equipe técnica especializada é um obstáculo frequente.

O Escritório é remunerado pelos contratantes a partir de cada projeto desenvolvido. Os pagamentos são feitos à Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), responsável pela gestão administrativa e financeira, que distribui os recursos de acordo com as rubricas previstas — como bolsas, retribuições e remuneração aos profissionais envolvidos. Parte dos recursos é destinada à Universidade e outra parte é reinvestida nos laboratórios do Centro de Tecnologia.

Para assegurar a regularidade e a compatibilidade dos preços, os projetos seguem tabelas referenciais de órgãos públicos como Daer e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – isso garante que os projetos estejam alinhados às exigências legais e os valores cobrados estejam dentro da realidade do mercado. O Escritório Modelo, portanto, presta um serviço de alta qualidade técnica a preços de mercado e com viés social, tanto para quem contrata quanto para quem trabalha nos projetos.

Além de auxiliar órgãos públicos na resolução de demandas emergenciais, como no caso das enchentes, o projeto proporciona aos estudantes de Engenharia Civil da UFSM a oportunidade de participar diretamente do desenvolvimento de projetos reais, e vivenciar os desafios da profissão antes mesmo de concluírem a graduação. A experiência prática, segundo os coordenadores, faz toda a diferença na formação dos futuros profissionais. “É muito diferente o aluno trabalhar com um projeto hipotético em sala de aula do que acompanhar a elaboração de um projeto de ponte que realmente será executado”, comenta André Lubeck. E foi essa experiência que foi posta à prova no momento de emergência vivido há um ano.

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