Olha só o que escreveu Lauro Jardim, na versão online da seção “RADAR”, da ex-revista Veja, nesta terça-feira. Depois, lá embaixo, o meu comentário. Acompanhe:
“Gre-Nal pela Copa
Foi com uma pontinha de satisfação que o Grêmio recebeu a notícia de que a FIFA está preocupada com a capacidade de financiamento da reforma do Beira-Rio para a Copa de 2014. Os dirigentes do clube não querem fazer nenhum lobby público (até para não colocar mais fogo na histórica rivalidade com o Internacional) mas, no fundo, ainda sonham com a possibilidade de receber jogos do mundial na sua nova arena que começa a ser construída em julho.
Dos 450 milhões de reais previstos para a obra, já está definido que 45% virá de empréstimos e 55% de capital próprio da OAS, construtora que ficará responsável pela gestão do estádio a partir de 2012.
Dentro do BNDES já começou um silencioso Gre-Nal. A OAS pleiteia junto ao banco condições de empréstimos semelhantes aos que serão dados para os estádios da Copa. Hoje, por exemplo, a Arena do Grêmio teria prazo de apenas dez anos para pagar os financiamentos do BNDES. Já o Internacional tem direito a quinze anos.”
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: como tricolor, gostaria que o Estádio escolhido pela FIFA para sediar jogos da copa de 2014 fosse o do meu time. Mas isso, do ponto de vista do cidadão, é absolutamente irrelevante. O que interessa é o quanto de dinheiro público, isto é, do meu, do teu, do nosso, será empregado em praças esportivas.
Atenção: troco do contribuinte, sim, e tanto quanto for necessário, mas para obras de infra-estrutura, que possam beneficiar a sociedade inteira e por longo período. E não para subsidiar estádios, sejam quais forem, inclusive da dupla Gre-Nal.
Mas sei, também, que estou delirando. Só no Mane Garrincha, em Brasília, vão colocar mais de R$ 700 milhões. Quase o dobro do que gastará o Grêmio para fazer um estádio noooovo, e o quádruplo do que o Inter pretende gastar para reformar o seu. Resumo da ópera: o “Mané” é um escândalo. No mínimo.
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A propósito do “Comentário Claudemirino”, acima: Engraçado, grana, muita grana (e bota grana, nisso) jorrará dos cofres públicos federais para reformar estádios de futebol. Pra isso tem dinheiro sobrando, mas para aumentar os “super-salários” e “mega-benefícios” dos aposentado, ah, pra isso não há dinheiro. Talvez o presidente vá vetar o aumento porque não veja lógica em dar aumento pra essa velharia da “melhor idade” que vai morrer daqui há pouco tempo ou, talvez, com receio de que esse “estrondoso” aumento vá todo parar nas Ilhas Caiman. Dá vontade (para ser educado), de regurgitar.