SE FICAR, O BICHO… Bater ou não em Lula, a dúvida cruel do ninho tucano

É mesmo uma situação complicada. Os tucanos, José Serra a frente, até aqui tem demonstrado, por palavras e atos, a intenção de livrar Lula de críticas. A justificativa: bater em quem tem 80% de aprovação seria um tiro no pé. É. Pode ser. Talvez seja. Mas o fato é que as últimas pesquisas, inclusive a do Datafolha, mostram que essa postura levará a um buraco do qual é improvável que se consiga sair – conforme a avaliação de dirigentes.

Então, o que fazer, diante de uma situação, digamos, no mínimo desconfortável. Esse é o debate da hora, no ninho tucano, como revela e analisa Valdo Cruz, repórter especial da Folha de São Paulo, em artigo publicado nesta terça-feira na seção “Pensata”, da versão online do jornal. Acompanhe:

“Dúvida Cruel

Rousseff, os tucanos chamaram uma reunião de emergência para debater o que fazer daqui para a frente. Bater ou não bater no presidente Lula? Como bater? Que tom usar?

Diante de tantas dúvidas, um consenso parece ter reinado entre os integrantes da campanha tucana. Do jeito que está, não dá para ficar. Poupar e até incensar o presidente Lula, como vinha fazendo o pré-candidato do PSDB, José Serra, deixou de render frutos. Quer dizer, votos. Daí a necessidade de correções de rumo.

A dúvida da tucanada é cruel porque Lula continua nas nuvens. Sua popularidade é recorde. Bater em alguém com tanta aprovação, como mostram as últimas pesquisas, é uma ação que envolve grandes riscos. Os tucanos estão convencidos, contudo, que é preciso aumentar o tom crítico na direção do presidente e de seu governo. O ponto da crítica é que está em discussão.

Por exemplo. A investida do presidente Lula em buscar um acordo nuclear com o Irã. Impossível não reconhecer o gesto presidencial em busca da paz. Por outro lado, não seria possível criticar o fato de o petista manter…”

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