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Realidade crua – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

aliceEm meio a tantas notícias turbulentas e nervosas de uma crise que mais parece final de Copa do Mundo, foi difícil encontrar um tema longe das atuais circunstâncias do cenário em que nos encontramos que pudesse nos transportar para outros campos. No entanto, o que sentimos quando houve um rompimento nos persegue em qualquer momento de nossas vidas. Há de passar o tempo sobre nós, mas…

Quando a gente se decepciona com uma pessoa, uma parte do nosso mundo cai. É incrível como coisas antigas ficam marcadas na nossa mente, sentimentos estagnados voltam à tona assim que a água da lembrança volta a agitar-se. Essa pessoa, que sempre foi alguém importante, começa a desvanecer, começa a sumir da escada de nossa estima. E nunca é por pouca coisa, não é por um rompante, ou por uma variação hormonal.

Só perdemos as pessoas que, na verdade, nunca tivemos, porque aquelas que sempre foram por nós, nunca nos abandonarão, sempre saberão de nossos defeitos e nos amarão de qualquer forma. Ou pelo menos, elas lutam por nossa amizade, confiam no nosso potencial e não desistem de nos verem melhorar e aprender.

Porém, aquelas que só se mostraram a nosso favor numa fina aparência logo que o tempo arranha a superfície frágil e sem profundidade, surgem os verdadeiros sentimentos, surge a pessoa como ela é, e todos os seus preconceitos pré-estabelecidos com relação a nós, a quem enganavam. Eis aí o momento em que nos damos conta de que algo nunca foi o parecia. Que existe hipocrisia nos relacionamentos. Que o amor que diziam sentir por nós dura tanto quanto o orvalho da manhã…

Não é que tenhamos culpa por sermos o que somos, mas nunca agradaremos a todos, talvez só nos aturem, enquanto for conveniente, ou até que não aguentem mais esconder o seu âmago. Talvez não seja culpa de quem não nos ama, também…

Eu fico triste, muito triste, porque eu realmente amo aqueles que passaram por minha vida. Mas existem alguns que só me tiveram desprezo, demonstrando com seus olhares e bocas tortas. E eu me lembro bem destas ocasiões, elas marcam adultos e crianças de qualquer idade…

Mas, fazer o quê? Eu preciso continuar vivendo, afinal, o que eu nunca tive decerto não me fará tanta falta perder. Mesmo assim, nunca deixará de ser uma perda, e perdas causam dor e sofrimento, e muitas vezes deixam cicatriz.

O que eu tinha que chorar, já chorei. O que eu tinha que lamentar, já lamentei. Já tentei pedir desculpa pelo que eu não fiz. Já tentei consertar o que nem defeito tinha. Agora, o que resta, é não dar importância, é riscar o rascunho, passar a limpo em folha em branco, sumir com este personagem da história da nossa vida, afinal, o livro é nosso.

Mas, uma coisa eu tenho certeza: eu tenho muita vergonha na cara, porque eu conheço meus defeitos e não julgo ninguém por mim mesma, nem tampouco critico alguém sem conhecer sua história. Sou daquelas pessoas que tentam mudar somente a minha pessoa e não aquelas que esperam que todo o resto se amolde aos meus desejos e vontades.

Eu sempre lembrarei de quem me ama, de quem me aceita, de quem me perdoa mesmo eu sendo imperfeita, mesmo por eu ser chata e por eu ser eu mesma. Porém, vou sempre esperar com fé que meus sentimentos sejam correspondidos.

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