Fórum Social Mundial. A incrível coincidência que, hoje, une os eventos de Belém e Davos
Abre oficialmente nesta terça-feira, em Belém, mais uma edição do Fórum Social Mundial. A capital paraense está tomada por gente de todo o planeta, que vão discutir por uma semana sob o sempre presente lema outro mundo é possível. Entre os 120 mil participantes, há cerca de 50 de Santa Maria.
Já na quarta-feira, na estância de inverno de Davos, na Suíça, começa o Fórum Econômico Social. Sem a presença do mais ilustre dos convidados, o norte-americano Barack Obama, e também sem Lula, que a ele esteve de forma recorrente nos últimos seis anos.
O interessante é que tanto o FSM quanto o FES (do qual é contraponto o evento iniciado em Porto Alegre e nesta edição realizado no Pará) tem, basicamente, um tema: a crise ianque e seus desdobramentos. O diferente é a receita de um e outro, como não poderia deixar de ser.
A propósito dessa semelhança única e das muitas divergências entre os dois eventos, acompanhe reportagem publicada no sítio especializado Congresso em Foco. O texto é assinado pela jornalista Renata Camargo. A seguir:
Os dois fóruns da crise
Crise faz Fórum Econômico Mundial, na Suíça, trocar euforia por desconfiança e aumenta pressão do Fórum Social por uma “economia alternativa”
Pela primeira vez na história, o Fórum Social Mundial (FSM), que será realizado este ano em Belém, no Pará, e o Fórum Econômico Mundial (FEM), em Davos, na Suíça, estarão focados em um mesmo dilema: a crise econômica mundial. Realizados concomitantemente – mas com públicos opostos -, os dois encontros deverão analisar e buscar alternativas para a atual situação global.
Mas, enquanto a elite econômica estará reunida em Davos para tentar reverter o quadro sombrio – como classificou o relatório Riscos globais 2009, divulgado pela organização do evento – nos moldes da economia atual, movimentos sociais, organizações não-governamentais e representantes governistas ligados às questões sociais de várias nacionalidades se encontrarão na região Amazônica para dar seqüência ao debate sobre um novo modelo econômico.
É uma diferença de ênfase e propostas. De um fórum para o outro, muda-se completamente a perspectiva. Se do lado de lá [em Davos], o desemprego é uma conseqüência da crise, do lado de cá [em Belém], o desemprego é o foco central, exemplifica o economista Luiz Alberto Machado, do Conselho Federal de Economia e vice-diretor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), de São Paulo…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem Os dois fóruns da crise, de Renata Camargo, no sítio especializado Congresso em Foco.
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