R$ 1,5 milhão? Campanha eleitoral em SM seria bem mais barata se financiamento fosse público
O jornal A Razão publicou, no final de semana, uma excelente reportagem, buscando antecipar quanto as principais coligações em formação neste momento, vão gastar na campanha para a prefeitura. O número mágico chega a ser assustador: R$ 1,5 milhão. É o montante que seria, em tese, investido pelas candidaturas principais a ser confirmadas pelas convenções, as de Cezar Schirmer, do Frentão Oposicionista, e de Paulo Pimenta, da Frente Popular Trabalhista.
Não se trata, aqui, de contestar o trabalho dos profissionais da redação. Looonge disso. Inclusive porque fui informalmente consultado e, num primeiro momento, desacreditei que alguém pudesse ter dado aquelas informações e que permitiram chegar ao tal 1,5 milhão.
No entanto, é meu dever duvidar da veracidade das fontes. Conversei com mais gente, a respeito, ao longo destes primeiros dias da semana. E encontrei um outro número: R$ 500 mil. Mais que isso, um dos integrantes importantes na área de coleta de recursos junto aos financiadores de campanha, mais que preocupado, se mostrou absolutamente descrente diante da possibilidade de chegar a esse troco todo.
Ficamos, então, assim: as campanhas ideais, boladas por quem elabora as estratégias de busca ao voto, custariam mesmo o estratosférico milhão e meio. Mas se um terço disso for obtido, será possível fazer uma caminhada mais que decente em busca do apoio do eleitorado. Nem isso, porém, talvez seja possível. De forma a que (pelo menos um dos que ouvi disse isso) se forem arrecadados valores próximos aos R$ 500 mil, já se espoucarão foguetes – comprados com recursos próprios, claro, e não de campanha.
E uma candidatura a vereador, quanto custaria? Um ex-candidato (sem garantia de vitória, longe disso) disse a este (nem sempre) humilde repórter que pensava em gastar R$ 30 mil. Aliás, isso, mais questões políticas e pessoais, o fizeram desistir. Pois é… Pois é…
OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: por qualquer ângulo que examino, mais considero absurdo esse custo. Para além disso: me convenço cada vez mais que só o financiamento público de campanha poderá fazer com que valores factíveis e palatáveis (por mais grandioso, num primeiro momento, que possam parecer os números) sejam dispendidos.
A propósito, uma das propostas discutidas para o financiamento público estimava em R$ 8 por voto. Isso significa que, em Santa Maria, o custo total do proselitismo eleitoral custaria, em números redondos, R$ 1,6 milhão. Para toooodos os candidatos, a prefeito e a vereador. Quer dizer, bem menos que o total a ser gasto (ou que imaginam gastar, ao menos) pelos 120 candidatos que devem aparecer, para a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.
Agora, responda: você é a favor do financiamento público? Hein?
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