MOBILIDADE. Classe D já tem poder de consumo superior à B. Isso explica algumas coisas. Ou não?
A afirmação aposta no título desta nota, e a dúvida seguinte, são pertinentes. Mas isso não significa que haja unanimidade. Então, que cada um tire sua própria conclusão, mas mantenhamos a mente aberta para o fato. Registrada em pesquisa divulgada pel’O Estado de São Paulo, se fica sabendo que a classe D, que aumentou seu ganho nos últimos anos, já tem poder de consumo superior a dois degraus acima, a classe B.
Cá entre nós, isso é meio inverossímel. Ou não? Tanto quanto o fato, já registrado, de que a classe C, nesse quesito específico, já ganha faz tempo de seus irmãos ligeiramente mais ricos. É? Bueno, confira você mesmo a reportagem assinada por Márcia De Chiara. A seguir:
“Classe D já supera B em poder de consumo…
… Pela primeira vez neste ano, a massa de renda das famílias da classe D vai ultrapassar a da classe B, apontam cálculos do instituto de pesquisas Data Popular. Em 2010, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão. Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200.
O maior potencial de compras, no entanto, continua no bolso da classe C: R$ 427,6 bilhões. “Mas é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em termos de consumo”, afirma o sócio diretor do Data Popular e responsável pelos cálculos, Renato Meirelles. Ele considerou nos cálculos a expectativa de 7% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
De oito categorias de produtos avaliados pelo instituto de pesquisas, em quatro delas o potencial de consumo da classe D supera o da B para este ano. São elas: alimentação dentro do lar (R$ 68,2 bilhões); vestuário e acessórios (R$ 12,7 bilhões); móveis, eletrodomésticos e eletrônicos para o lar (R$ 16,3 bilhões) e remédios (R$ 9,9 bilhões)…”
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Sou classe B, graças à Deus, ao meu esforço, à universidade pública e ao grande momento econômico do Brasil na última década. Mas adorei a notícia! Sinal que a política de massificação do consumo interno, via aumento do salário mínimo (que horror!), do Bolsa Família (esmola não!)e de programas de infra-estrutura nacionais (PAC, Minha Casa Minha Vida, Pronaf, PAA, redução tributária em setores chaves – construção civil, móveis, metal-mecânica), enfim, deram muito certo no governo do metalúrgico (eca!). Sorry, elite tupiniquim, seu tempo de poder está se esvaindo! Prefiro que a classe C e D me alcancem do que a perspectiva anterior da classe B virar C ou D (de “Desempregada”).