Não, não vamos discutir realizações de governo. Isso, a história irá julgar. Aliás, talvez já tenha até iniciado. Fiquemos apenas na questão do comportamento. Lembra que Lula disse não ter conhecimento do esquema de vigarice que estava sendo realizado ao seu lado? E o quanto foi ridicularizado pela mídia grandona (e a que se acha)?

Pois é. O comportamento midiático ainda não dá para julgar, mas olha só, aí embaixo, o que acontece agora, quando o Procurador da República diz ter havido uma grossa sacanagem, inclusive envolvendo dinheiro público, antes mesmo do “mensalão lulista”. Ah, os personagens agora são outros. Confira o que diz Fernando Henrique Cardoso, nas duas notas abaixo, uma de Cláudio Humberto Rosa e Silva, outra da colunista da Folha de São Paulo, Eliane Cantanhêde (citada por Ricardo Noblat):

 (1) “E FHC, nada?

FHC disse algo como “quem é podre que se quebre”, em relação a Eduardo Azeredo (PSDB-MG), enrolado no mensalão mineiro, de 1998. Mas a mesma grana foi usada em Minas na campanha da reeleição de FHC.”

(2) “… O PT passou oito anos chamando o governo FHC de corrupto. O PSDB devolveu comemorando no governo Lula os Waldomiros, mensaleiros, caseiros e aloprados. Era dois a um, depois inverteu o placar. Mas a entrada de Azeredo no mesmo campo da ética zera o jogo. Empatou. A torcida não sabe quem aplaudir, quem vaiar.”

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Leia também, neste aqui, se desejar, outras notas publicadas pelo jornalista Ricardo Noblat.