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Chávez. Discussão sobre a mídia na Venezuela vai a Alegrete, com o “Cultura na Sedufsm”

A já tradicional promoção cultural da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, o “Cultura na Sedufsm”, sai das fronteiras da boca do monte. Não sei se a proposta é permanente, mas o fato é que, na última segunda-feira, o evento transferiu-se para Alegrete, mais exatamente na Unipampa.

 

O assunto tratado desta vez foi a relação da mídia com Hugo Chávez, na Venezuela, e a participação dela na tentativa de derrubar o presidente, há cinco anos. Como foi o debate em Alegrete você fica sabendo no material distribuído aos veículos de comunicação, pela assessoria de imprensa da Sedufsm, em texto assinado pelo jornalista Fritz Nunes. A seguir:

 

“Cultura na SEDUFSM sobre Chávez reeditado

na semana acadêmica da Unipampa

 

A semana acadêmica do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), de Alegrete, iniciou nesta segunda, 1º, à noite, com uma programação diferente: a exibição do documentário “A revolução não será televisionada”, reeditando o projeto Cultura na SEDUFSM ocorrido no mês de julho, em Santa Maria. O evento foi realizado a convite da direção daquele centro de ensino.

 

Cerca de 100 pessoas, a maioria estudantes, prestigiou a exibição do filme e, logo após, o debate, que teve a participação do professor Elvandir José da Costa, do curso de Direito da UFSM; do professor de jornalismo, Carlos Dominguez, do Centro de Ensino Superior Norte do RS, de Frederico Westphalen; do professor de História da UFSM, também presidente da SEDUFSM, Diorge Konrad; a coordenação da mesa coube ao jornalista Paulo de Tarso Pereira, editor do “Em questão”, de Alegrete.

 

Para Elvandir Costa, o documentário dos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O’briain, que foi lançado em 2003, com duração de 76 min., e que mostra os bastidores do golpe contra Hugo Chávez, presidente da Venezuela, em 2002, retrata o poder dos meios de comunicação, que, além de construírem a imagem ridicularizada do presidente venezuelano, foram eles mesmos artífices do processo golpista. Para o professor e advogado, há uma tendência de certas ‘elites brancas, de ascendência européia’ na América Latina de não aceitarem os governos oriundos de classes marginalizadas. Elvandir não acredita em liberdade de imprensa como decorrência de “liberdade de empresa”. Para ele, em função de que os meios de comunicação são empresas capitalistas, seria preciso haver algum tipo de “controle” para que não seja confundida liberdade de expressão como sinônimo de “liberdade de manipulação”.

 

OS DOIS LADOS  – O jornalista Paulo de Tarso Pereira, ao apresentar os debatedores, também opinou sobre o documentário. Ele disse que o foco do filme se baseia num “ponto de vista”, que é mais o estilo europeu, em que os realizadores assumem uma posição, no caso específico, favorável a Chávez. Já num estilo de documentário norte-americano, se procuraria manter-se isento, destacando os dois lados do tema em análise.

 

O professor da Cesnors, Carlos Dominguez, elogiou o filme e considerou que o mesmo busca mostrar os dois lados falando, tanto em favor de Chávez como contra o presidente venezuelano. Entretanto, analisou Dominguez, o que não tem como ser omitido é a manipulação grosseira de que se utilizava a mídia daquele país ao tentar insuflar a população. Entretanto, destacou o professor, é preciso distinguir o profissional que trabalha na imprensa do “dono da empresa”. Para ele, sempre há espaço para que se possa fazer um trabalho sério, pois o “jornalismo tem de dar voz a quem não tem”.

 

No entendimento de Diorge Konrad, professor de História da UFSM, que também preside a SEDUFSM, há algumas pessoas que costumam duvidar sobre planos executados com o apoio dos Estados Unidos para ‘derrubar’ governos eleitos democraticamente, por estes  não seguirem os ditames de Washington. Entretanto, apesar de exemplos históricos como no caso do Chile e no Brasil, a Venezuela, devido ao petróleo, foi o exemplo mais recente de pressão dos EUA para a derrubada de Chávez. Konrad afirma que deve ser combatida a “absolutização do papel da imprensa”, que defende a neutralidade, mas na prática, age diferente.”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa da Sedufsm.

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