ANÁLISE. Por que algumas pesquisas anteciparam a ascensão de Dilma e a queda de Serra
Na madrugada passada, publiquei trecho de artigo de Merval Pereira, do jornal O Globo. Destaquei o fato de o profissional ser notoriamente torcedor da candidatura de José Serra, do PSDB. O que não invalida, que fique claro, o que ele escreve, nem a honestidade da análise que faz do ambiente político.
Agora, vou no outro lado. Luis Nassif, cuja independência e credibilidade é pra lá de reconhecida, não esconde que, na opinião dele, a petista Dilma Roussef (e ele não é do PT, aliás) deve vencer o pleito. Pois é o Nassif o que melhor entendeu (na opinião claudemiriana) e, sobretudo, analisou as diferenças entre as pesquisas eleitorais.
E é dele um pra lá de elucidativo artigo e que reproduzo a seguir. Ele explica por que, por exemplo, os institutos Sensus e Vox Populi informam há bem mais tempo sobre o ascenso da candidata governista e a queda do oposicionista. Confira um trecho:
“Desdobramento de pesquisas eleitorais
A grande tragédia política dessas eleições será o fim quase completo da frente PSDB-DEM, a única que poderia oferecer uma oposição consistente ao novo governo, que será empossado em 1º de janeiro de 2011. Não existe governo, por mais virtuoso, que resista a um mandato sem oposição. E este é o risco que o Brasil corre, com os erros cometidos pela oposição nas atuais eleições. A avaliação é de João Francisco Meira, diretor-presidente do Instituto Vox Populi.
Em meados do ano passado, a partir de conversas com Meira e de reflexões próprias, parlamentares do DEM – como o ex-deputado Saulo Queiroz – alertaram para as dificuldades que haveria em uma provável candidatura José Serra. Estava claro para eles a quase impossibilidade de vitória de Serra, por um conjunto de fatores.
O alerta de nada adiantou. Em março, durante Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), Meira alertou mais uma vez que a eleição já estava decidida para Dilma Rousseff. Tanto o Vox Populi quanto o Instituto Sensus trabalhavam com modernas técnicas de pesquisa, visando antecipar tendências do eleitorado.
A metodologia era simples. Parte relevante do eleitorado não sabia ainda que Dilma era candidata de Lula. Mas certamente saberá no dia das eleições. A técnica consistia em antecipar aos pesquisados as informações. A partir daí, se chegaria a um resultado muito mais próximo do resultado final das urnas. No encontro, houve um forte questionamento do Instituto Datafolha, para quem pesquisas não deveriam antecipar tendência…
…Nos meses seguintes, um inferno se abateu sobre os Institutos que seguiram essa nova metodologia – Sensus e Vox Populi. Foram atacados pelos jornais. O momento mais dramático dessa história foi quando, estimulado pelas matérias da Folha, o PSDB entrou na justiça eleitoral exigindo a auditagem da pesquisa do Sensus. O Instituto amanheceu com um estatístico convocado em São Carlos, com a polícia, para garantir a vistoria, e com um repórter da Folha (empresa proprietária do Datafolha) para escandalizar o acontecimento. Não se encontrou nenhuma irregularidade na pesquisa. Mais que isso, à medida que os dias iam passando, confirmava-se integralmente o acerto do Sensus e do Vox…”
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