Ministério Público. Olha a mídia grandona aí, gente! Ela volta a atacar. E sem pudor
Reconheço: há eventuais excessos. Mas eles são exatamente isso, eventuais. E responsabilizáveis pela corporação, que tem instrumentos para tanto. Vide caso recente envolvendo o procurador federal Luiz Francisco de Souza, punido pelo Judiciário por problemas havidos em ações que conduziu há alguns anos.
No entanto, se há alguma coisa boa na Constituição de 88 (e há muitas, não duvide), uma é a que permite ao Ministério Público, em todos os níveis, uma atuação independente de ordens do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário. Só mesmo a atuação de promotores de Justiça e Procuradores fez com que muitas falcatruas fossem descobertas. E, hoje, não há agente público que se despreocupe, quando o assunto é levado ao MP.
São, muitas vezes, os sujeitos responsáveis pela inibição ao cometimento de crimes. E indutores de medidas positivas nesse país. Por isso, desconfie sempre quando alguém estiver atacando o MP. Isso vale para o Rio Grande do Sul, em que há muita gente contra as ações de promotores públicos em relação aos desertos verdes, para falar do assunto da moda – o florestamento meio que na marra da pampa gaúcha. E vale para o País, especialmente no norte e nordeste, em que usinas são projetadas meio que como Deus fez a mandioca, e são os procuradores federais os responsáveis pela discussão e eventual resistência.
Atenção, não estou aqui a dizer que eles estão certos. Mas tendo a achar que sim, quando vejo a atuação da mídia grandona (veja, no final do texto, a sugestão de leitura), que se coloca na posição de defensora do desenvolvimento a qualquer custo. Devagar com o andor. É o mínimo que se pede. E não leve a sério tuuudo o que os grandões dizem. Ao contrário, olhe de lado. Sempre.
SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui para ler a reportagem Os meninos superpoderosos, assinada por Gustavo Paul, publicada pela revista Exame, especializada em Economia. Se você não for assinante, quando e se lhe for solicitada uma senha, clique VADUZ.
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