Câmara. Para votar aumento, parlamentares resolveram até concluir votação de MPs
Olha só o que provoca a vontade de ganhar uma aumento salarial: como um parecer jurídico da secretaria-geral da Câmara dos Deputados indica que não é possível votar projeto de aumento salarial para os parlamentares sem que a pauta esteja desobstruída, adivinha o que aconteceu? Isso mesmo: de repente, os edis federais ficaram com uma vontade danada de votar.
Relembrando: a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou, semana passada, aumento de 26,4% no subsídio dos parlamentares e o mesmo percentual para o Presidente da República e os Ministros. Deputados e senadores passariam a ganhar R$ 16.250 mensais, Lula R$ 8,8 mil e ministros R$ 11,2 mil.
Estaria tudo bem, desde que o plenário votasse. O que não é considerado difícil, por qualquer um que entenda minimamente os ânimos dos congressistas. Mas há um problema, aliás dois. Um, sentindo a desaprovação da sociedade, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia não colocou imediatamente à consideração de seus pares, adiando para depois de uma reunião de líderes de bancada, nesta terça. E dois, o entendimento, da secretaria-geral da Casa, de que não se pode votar nada sem que, antes, seja desobstruída a pauta aliás cheia de Medidas Provisórias, inclusive as que tratam do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Pois é, pois é. De repente, não mais que de repente, até a obstrução oposicionista (que perdurava desde que a Mesa da Câmara recusou-se a instalar a CPI do Apagão Aéreo) ficou mais frouxa. E até mesmo a conclusão da votação de uma MP já aconteceu. Claro, tudo no mais estrito interesse nacional. Ta pensando o quê?!
SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a reportagem Câmara adia discussão sobre aumento salarial, de Leandro Colon, publicada no IG, o portal de notícias das Organizações Globo.
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