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Análise. PAC está sendo criticado pelo que ele não é, diz o jornalista econômico Luis Nassif

Ou os jornalistas Luis Nassif e Paulo Henrique Amorim, e também Joelmir Beting, sabem muito, ou os demais, quase todos, são uns iluminados. De qualquer forma, prefiro esse trio – que pelo menos já demonstrou, ao longo de uma caminhada profissional irretocável, sua independência em relação a governos e partidos. E entendem, que diabo, de economia.

 

Os outros, e eu os leio e ouço também, simplesmente ficam na periferia da análise. Normalmente, preferem o discurso fácil do contra ou a favor, sem entrar nas minúcias. E, pior ainda, sem condições – ao contrário dos três citados – de transmitir ao cidadão comum o que pode acontecer com ele a partir de determinados fatos econômicos.

 

Para entender melhor, acho que é conveniente ler o que escreve, em sua página na internet, o Nassif. Ele diz, por exemplo, ou dá a entender ao menos, que o PAC (Plano de Aceleração Econômica) está sendo criticado, por uns e outros, pelo que ele não é. Será? Leia você mesmo:

 

“O que falta para crescer

Há um exercício fútil de criticar o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) pelo que ele não faz. O programa se propõe a priorizar um conjunto de obras de infra-estrutura, e criar alguns estímulos ao investimento privado. Obviamente a análise tem que ser sobre os projetos que ele prioriza e sobre os estímulos que ele concede. Ou seja, sobre o que ele promete fazer.

O PAC pode representar um avanço sobre a forma atual de ordenar os investimentos públicos, definindo prioridades, colocando-as a salvo do contingenciamento orçamentário, e criando grupos de acompanhamento para identificar e resolver problemas antes que aconteçam.

Do ponto de vista macroeconômico, a grande questão é: será suficiente para permitir a volta do crescimento? A resposta é: não. E aí se entram nas críticas fundamentadas ao Plano. Ele depende do crescimento para dar certo. Se não cresce o país, não cresce a arrecadação, a despesa não cai, e não haverá recursos sequer para cumprir o prometido.

Mais: os investimentos ajudarão a resolver alguns gargalos de infra-estrutura. Ocorre que o mero anúncio do PAC não será suficiente para provocar o crescimento do investimento privado, a não ser nos setores diretamente beneficiados.

É aí que entra o grande impasse do governo Lula, que alertei em outras colunas. O único “choque” capaz de estimular o crescimento na urgência necessária para o PAC ser bem sucedido, seria mudando as políticas de juros e câmbio.

Não é necessário ir muito longe. Em 2004, depois do choque cambial de 2002, com o câmbio ainda favorável, teve início um processo de revigoramento da economia, facilmente perceptível. Pequenas empresas manufatureiras começaram a exportar pela primeira vez; o agro negócio explodiu; setores de máquinas e equipamentos, calçados e têxteis tiraram seus planos da gaveta e começaram a se preparar para o espetáculo do crescimento.

Esse movimento foi abortado pela irresponsabilidade do Banco Central, de impor uma taxa de juros muito mais alta que a necessária para segurar a inflação e permitindo uma apreciação irresponsável do câmbio…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://z001.ig.com.br/ig/04/39/946471/blig/luisnassifeconomia/2007_01.html.

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